Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer? Com qual vacina você viaja à Europa?

União Europeia permitirá trânsito de pessoas imunizadas com vacinas contra a covid-19 aprovadas por seu órgão regulador ou que venham de países considerados ‘seguros’

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Por Redação
Atualização:

A União Europeia decidiu, na quarta-feira, 19, reabrir suas fronteiras para turistas imunizados com vacinas aprovadas pelo bloco ou que venham de países considerados seguros, permitindo viagens amplas para a temporada de turismo de verão (que tem início em junho no hemisfério norte) no continente europeu. A decisão libera a passagem de viajantes não essenciais que visitem países do bloco sem a necessidade de quarentena e testagem. A mudança foi vista positivamente avaliada por países que dependem do turismo, como Grécia e Espanha, e será sacramentada hoje em reunião ministerial.

Pelo plano, o bloco aceitaria visitantes que tivessem completado a imunização pelo menos duas semanas antes de sua chegada, usando uma das vacinas aprovadas por seu próprio órgão regulador ou pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Isso abrange as vacinas de Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson, Moderna, Pfizer-BioNTech e Sinopharm, de acordo com o jornal The New York Times.

UE permitirá trânsito de pessoas imunizadas com vacinas aprovadas por seu órgão regulador ou que venham de países considerados 'seguros' Foto: Alkis Konstantinidis/REUTERS

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A medida vai beneficiar turistas brasileiros, uma vez que duas das cinco vacinas - Oxford/AstraZeneca e Pfizer-BioNTech - já são aplicadas no Brasil. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 7,4% dos vacinados que completaram a imunização estariam aptos a viajar atualmente - o que equivale a 1.336.153 pessoas.

De acordo com os dados do ministério, do total de pessoas que receberam as duas doses dos imunizantes disponíveis em território nacional, 92,6% receberam a vacina Coronavac, que não está incluída nos termos do acordo europeu. Os outros 7,4% - o que representa 1.336.153 pessoas - receberam duas doses da vacina Oxford/AstraZeneca, enquanto vacinas da Pfizer-BioNTech só foram utilizadas em aplicações de primeira dose até o momento. Considerando apenas a primeira dose, 55,1% das vacinas aplicadas no Brasil são Coronavac, 42,8% AstraZeneca/Oxford e apenas 2,1% Pfizer-BioNTech.

A não inclusão da Coronavac no acordo atual não impede que os imunizados com ela acessem o território europeu, mas dificulta a logística. A viagem ficaria condicionada a apresentação de um teste PCR feito até 72 horas antes do embarque e a uma quarentena de 14 dias no país de desembarque, com isolamento e rastreio de contatos.

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Alguns países, como a Grécia, no entanto, já disseram que removerão os requisitos de teste e quarentena para visitantes vacinados. Mas a maioria dos países provavelmente implementará essas mudanças de forma mais lenta e conservadora.

Veja em que condições você poderia viajar para os países da União Europeia:

Quais vacinas me liberam para fazer turismo na União Europeia com a nova regra?

Mesmo que o Brasil esteja entre os países ainda com restrições, com a aprovação da medida, quem tomou as duas doses das vacinas da Pfizer ou da Oxford/Astrazeneca poderia viajar sem problemas. No entanto, o número de beneficiados pela medida ainda é pequeno por dois motivos: o primeiro é que a maioria dos brasileiros até o momento foi vacinada com a Coronavac, e a vacina do Instituto Butantan ainda não foi aprovada por entidades regulatórias na UE, nem pela OMS.

O segundo é que quem é imunizado com a Pfizer e a vacina de Oxford tem de esperar três meses para aplicar a segunda dose. E enquanto a Astrazeneca teve suas primeiras doses distribuídas em janeiro, apenas em abril sua produção começou a aumentar. A Pfizer começou a ser usada agora em maio, ainda em pequena escala. Com isso, ainda deve levar um tempo para quem tomou essas vacinas estar imunizado. 

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Tomei duas doses da Coronavac. Posso passar as férias na Europa?

Em tese, sim. Mas você terá de apresentar um teste PCR feito até 72 horas antes do embarque e se submeter a uma quarentena de 14 dias no país de desembarque, com isolamento e rastreio de contatos, o que dificulta a logística da viagem. Como vacina da Sinovac não está na lista dos imunizantes liberados para entrada nos 27 países da União Europeia, a nova regra não se aplica a ela. Alguns países, como a Grécia, no entanto, já disseram que removerão os requisitos de teste e quarentena para visitantes vacinados. Mas a maioria dos países provavelmente implementará essas mudanças de forma mais lenta e conservadora.

Tenho família morando na União Europeia e preciso visitá-los. Posso viajar?

Sim, mas as mesmas regras de quarentena podem ser aplicadas, dependendo da legislação interna de cada país. 

Estou imunizado com Pfizer ou Astrazeneca, mas meus filhos pequenos, não. O que fazer? 

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As crianças precisam fazer um teste de PCR até 72 horas antes do embarque. Além disso, outro teste pode ser exigido na chegada. 

Existe algum país que não está incluído na nova regulamentação?

Se o seu destino turístico for a Dinamarca ou a Irlanda, pode haver problemas. Ambos os países pediram à UE ficar de fora do programa.

A nova regra vale para países que estão fora da União Europeia ou do Espaço Schengen, como o Reino Unido?

Sim. Reino Unido, Islândia, Noruega e Suíça concordaram em fazer parte do programa de restrições criado pela UE. /NYT

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