Corte Internacional de Haia acusa al-Bashir por genocídio em Darfur

Presidente do Sudão é acusado de manter refugiados em campos de concentração em Darfur

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HAIA - O Tribunal Penal Internacional (TPI) acusou nesta segunda-feira, 12, o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, por genocídio em Darfur. A medida deve elevar a pressão diplomática sobre o isolado regime africano.

 

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Quatro meses atrás, um painel de apelações do primeiro tribunal permanente para julgar crimes de guerra no mundo decidiu que juízes cometeram um "erro" quando se recusaram, no ano passado, a indiciar Bashir por genocídio. Os promotores então entraram com um processo contra ele. Nesta segunda, juízes emitiram um mandado de prisão, acusando Bashir em três casos de genocídio.

 

O procurador-geral do TPI, Luis Moreno-Ocampo, acusa Bashir de manter 2,5 milhões de refugiados de alguns grupos étnicos em Darfur em campos "sob condições genocidas, como um (campo de concentração de) Auschwitz gigantesco". A crise em Darfur, no oeste do Sudão, deixou mais de 300 mil mortos, segundo estimativas das Nações Unidas. O governo afirma que os números são exagerados.

 

A violência começou em 2003, quando tribos africanas da região se rebelaram contra o governo. As tribos queixam-se de décadas de negligência e discriminação. O governo iniciou uma contrainsurgência, durante a qual uma milícia árabe pró-Cartum teria cometido atrocidades contra a comunidade africana.

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