Criança de 4 anos é solta por coiote do alto do muro na fronteira entre México e EUA; veja vídeo

Coiote que guiou a travessia está sendo procurado por autoridades dos dois países

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Por Redação
Atualização:

Um coiote soltou uma criança de 4 anos de idade do alto do muro de 9 metros de altura que delimita a fronteira entre México e os Estados Unidos. Imagens divulgadas por um porta-voz do Customs and Border Protection, agência dos EUA responsável pela alfândega e pela proteção de fronteiras, na segunda-feira, 22, mostram a criança e outros três adultos atravessando a fronteira.

“Uma criança de 4 anos caiu da barreira da fronteira por um sujeito desconhecido em San Diego, na segunda-feira. Os agentes de resposta e o EMS (serviços médicos de emergência) que prestaram os primeiros socorros à criança também relataram tiros perto de sua posição enquanto cuidavam da criança. Surpreendentemente, a criança está bem! Não confie em contrabandistas!”, escreveu Raúl Ortiz, chefe da patrulha de fronteira.

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A criança veio com dois adultos, que estão sob custódia da Patrulha de Fronteira, disse o porta-voz da agência, Michael Scappechio, na terça-feira, 23. Não foi confirmado se os adultos eram os pais da criança, nem a nacionalidade deles. Também não ficou claro se eles seriam libertados nos Estados Unidos para prosseguir com casos de imigração ou deportados. As imagens capturadas por uma câmera de vigilância no dia 15 de maio, aproximadamente às 21h05, mostram o grupo sobre o muro, entre Tijuana, no México, e San Diego, na Califórnia.

Agentes prestavam socorro à criança enquanto um tiroteio começou. “Os agentes relataram ter ouvido o impacto e o ricochete de tiros na barreira secundária da fronteira ao norte de sua localização”, escreveu o CBP em comunicado. Helicópteros foram acionados para revidar a troca de tiros. Autoridades americanas e mexicanas abriram investigações e tentam localizar o coiote.

Pesquisadores descobriram aumentos acentuados de mortes e ferimentos graves associados à tentativa de superar o muro de San Diego desde que foi aumentado durante o governo Trump. Um estudo publicado no ano passado no JAMA Surgery encontrou 16 mortes de 2019 a 2021, em comparação com zero de 2016 a 2018 e 375 lesões graves de 2019 a 2021, em comparação com 67 de 2016 a 2018./AP

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