WASHINGTON - Os Estados Unidos pediram neste domingo, 5, ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele, que demonstre seu compromisso com a governabilidade democrática, condenado uma decisão da Suprema Corte salvadorenha que permitiu a reeleição presidencial imediata no país.
O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, disse em um comunicado que a decisão "mina" a democracia e afirmou que a Constituição salvadorenha "claramente proíbe a reeleição dos titulares da Presidência por um mandato consecutivo".
Na sexta-feira à noite, os magistrados constitucionais reverteram uma decisão de 2014 e permitiram a reeleição presidencial imediata, abrindo caminho para que Bukele busque um segundo mandato em 2024.
"Os Estados Unidos exortam o presidente Bukele a demonstrar seu compromisso manifesto com a governança democrática, incluindo a separação de poderes e o Estado de Direito", disse Price, acrescentando que a decisão prejudica a relação que os EUA "se esforçam para manter com o governo de El Salvador".
Price também afirmou que a manobra desgasta a imagem internacional do país como "parceiro democrático e confiável" na região.
A decisão foi tomada por magistrados nomeados em 1º de maio, quando a Assembleia Legislativa, com ampla maioria pró-governamental, demitiu os magistrados constitucionais do país e nomeou cinco advogados para ocupar seus cargos.
Entre eles, está um ex-assessor do Executivo de Bukele, advogado do atual diretor da Polícia e ex-comissário do Instituto de Acesso à Informação Pública, escolhido pelo presidente em um processo questionado. /EFE
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