Com a perda da maioria na Câmara dos Deputados considerada praticamente irreversível, os democratas intensificaram os esforços para não perder o controle no Senado, evitando que os republicanos dominem todo o Congresso. Nos últimos dias, até o presidente Barack Obama envolveu-se diretamente na campanha em Estados onde ainda consegue exercer influência, apesar da queda em sua popularidade.Pesquisas indicam que a iniciativa democrata começa a surtir efeito, com alguns candidatos ao Senado voltando a ter possibilidade de vencer a disputa com os rivais do Partido Republicano. De acordo com levantamento do Real Clear Politics, já há empate em alguns Estados onde os republicanos lideravam por ampla margem.No Colorado, a vantagem do republicano Ken Buck sobre o democrata e atual senador Michael Bennet caiu para 3 pontos porcentuais, depois de atingir os dois dígitos há poucas semanas. Um cenário quase idêntico é observado na Pensilvânia, na disputa entre Joe Sestak (do Partido Democrata) e Pat Toomey (do Partido Republicano).Ao mesmo tempo, os democratas precisam lutar para não perder cadeiras no Senado que até poucos dias estavam garantidas. Os republicanos conseguiram reduzir a diferença na Califórnia e em Washington, onde a pesquisa indica empate técnico. Um dos riscos seria a senadora democrata Barbara Boxer perder a eleição para Carly Fiorina. O mesmo vale para Patty Murray no Estado de Washington contra o republicano Dino Rossi.Obama encontrou-se ontem com eleitores em Seattle para pedir votos para os democratas. Apelando à sua base, ele abordou a crise econômica e a importância das mulheres. "Quando você fala sobre o que aconteceu com a classe média, você fala sobre o que ocorreu com as mulheres", disse o presidente, antes de se reunir com Murray para comício em uma universidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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