THE NEW YORK TIMES - O Departamento de Justiça acusou um membro da Guarda Revolucionária do Irã nesta quarta-feira, 10, de conspirar para assassinar John Bolton, que atuou como conselheiro de segurança nacional do presidente Donald Trump.
Os promotores disseram que o iraniano ofereceu US$ 300 mil para contratar alguém para matar Bolton -- um especialista conservador em política externa e linha-dura com relação ao Irã -- em Washington ou Maryland.
Autoridades da divisão de segurança nacional do departamento disseram que o plano para o assassinato de Bolton provavelmente foi uma retaliação ao assassinato do general Qassim Suleimani pelos militares dos EUA em janeiro de 2020.
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Suleimani era um alto comandante da Guarda Revolucionária, um ramo das forças armadas do Irã que é uma base de poder para as elites militares e políticas dominantes do país.
O suspeito Shahram Poursafi, de 45 anos, é citado na queixa criminal aberta no tribunal federal de Washington. Segundo autoridades do departamento, ele não está sob custódia e permanece no exterior.
Relembre
Se capturado e condenado, ele pode pegar até 10 anos de prisão por usar instalações de comércio interestadual na trama e mais 15 anos por tentar fornecer apoio material para uma trama de assassinato transnacional.
Matthew Olsen, procurador-geral assistente de segurança nacional do Departamento de Justiça, disse que o caso não é o primeiro descoberto sobre planos iranianos para se vingar de indivíduos em solo americano. “Trabalharemos incansavelmente para expor e interromper cada um desses esforços”, disse ele.
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Bolton - que se opôs fortemente ao acordo nuclear internacional negociado durante governo Obama com Teerã - entrou em conflito repetidamente com Trump durante um tempestuoso mandato de 17 meses como seu conselheiro de segurança nacional.
Mais tarde, ele escreveu um livro contando detalhes dos pedidos impulsivos e muitas vezes aleatórios de política externa do ex-presidente.
“Embora muito não possa ser dito publicamente agora, um ponto é indiscutível: os governantes do Irã são mentirosos, terroristas e inimigos dos Estados Unidos”, disse Bolton em um comunicado divulgado por seu gabinete sobre a acusação.
“Seus objetivos radicais e antiamericanos permanecem inalterados; seus compromissos são inúteis; e sua ameaça global está crescendo.”