A fórmula da destruição do Estado Islâmico não mágica – é violenta. Implica uma ação de grande porte contra Raqqa, a capital do califado radical, para atingir, de forma definitiva, dezenas de redutos do EI espalhados pelos 1.900 km² da cidade de atuais 220 mil habitantes. O segundo, e mais importante objetivo dessa operação, seria matar o governante, Abu Bakr al-Baghdadi. Esse movimento terá de se estender a todo o norte do Iraque, cruzando a fronteira da Síria. Seria possível? Não agora.
Ao menos no quadro da administração Obama, uma intervenção com força terrestre e ampla cobertura aérea só será considerada se for por meio de uma coalizão. Os cenaristas do Pentágono estimam que esse pacto precisa envolver 32 aliados, direta e indiretamente. Na lista, parceiros da África, Ásia, Europa, América Latina e Oriente Médio. Há 24 anos, na Guerra do Golfo, foram 20 países. O custo da campanha ficou em US$ 120 bilhões ao longo de sete meses.
A estratégia americana de executar bombardeios aéreos sobre a infraestrutura do EI tem obtido relativo êxito. Em novembro, posições dos radicais foram atingidas pela aviação dos EUA com 3.721 bombas e mísseis – 5 alvos explodidos a cada hora, dia e noite, durante um mês. O EI, entretanto, continua mantendo controle sobre o território ocupado.
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