Mais de 1,7 mil pessoas foram presas na Rússia nesta quinta-feira, 24, em 51 cidades, durante protestos contra a invasão russa da Ucrânia, segundo informações do The New York Times e do OVD-Info, organização não-governamental russa. O ataque foi iniciado na madrugada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Protestos foram registrados em lugares como Moscou, São Petersburgo, a antiga capital imperial, e também na Sibéria. Mais cedo, as autoridades russas advertiram que iriam reprimir qualquer manifestação "não autorizada". Apesar dos avisos, milhares de russos foram à ruas cantando 'Não à guerra' e balançando bandeiras russas, segundo imagens vistas nas redes sociais.
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"Fui detida ao sair de casa", escreveu Marina Litvinovich, uma ativista de Moscou, no Telegram depois de convocar os cidadãos russos para a manifestação por meio de um post no Facebook. "Vamos limpar essa bagunça nos próximos anos. Nem mesmo nós. Mas nossos filhos e netos", disse ela ao anunciar o protesto. "Tudo o que vemos é a agonia de um moribundo. Infelizmente, a Rússia está em agonia". Além dela, o diretor de teatro Yevgeny Berkovich também foi preso.
Em atos cautelosos - porém, incomuns -, estrelas pop russas, jornalistas, um comediante de televisão e um jogador de futebol se também opuseram ao confronto pela internet. Ivan Urgant, um dos comediantes de televisão mais famosos da Rússia, escreveu em sua conta no Instagram: "Medo e dor. NÃO À GUERRA".
Maxim Galkin, apresentador de televisão e cantor, disse: "Estou em contato com meus parentes e amigos da Ucrânia desde manhã! Não posso explicar em palavras o que sinto! Como isso é possível! Nenhuma guerra pode ser justificada! Não à guerra!".
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Mais discretas, outras celebridades russas postaram uma foto em preto e branco no Instagram para expressar oposição.
O regulador de telecomunicações da Rússia alertou as organizações de mídia nesta quinta para não divulgar o que descreveu como "informações falsas" sobre a enorme operação militar de Moscou contra a Ucrânia e ameaçou bloquear conteúdo ofensivo. O governo também informou que apenas as informações vindas de órgãos oficiais eram confiáveis. /REUTERS, THE NEW YORK TIMES, AFP E EFE