Diante de um plenário à espera do debate sobre o massacre de civis na Síria e as tensões no Oriente Médio, a presidente Dilma Rousseff fez críticas às intervenções militares e logísticas dos países desenvolvidos na região. Ao abrir a 67ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ela também criticou o governo de Damasco e a oposição síria pela violência contra homens e mulheres. "Não há solução militar para a crise síria. A diplomacia e o diálogo são, não só a melhor, mas a única opção", disse.Dilma repudiou a "escalada" de preconceito contra a comunidade islâmica internacional em decorrência de atos extremistas. "Como presidente de um país no qual vivem milhares e milhares de brasileiros de confissão islâmica, registro neste plenário nosso mais veemente repúdio à escalada de preconceito islamofóbico em países ocidentais", afirmou. Nesses dois momentos, a presidente recebeu aplausos da plateia. reconhA última reação positiva da plateia ocorreu no momento em que ela defendeu oecimento do Estado Palestino como membro pleno da ONU. "Apenas uma palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios de Israel por paz com seus vizinhos, segurança em suas fronteiras e estabilidade política regional."Depois do discurso e dos cumprimentos do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Dilma se juntou à bancada brasileira na plateia. Ela acompanhou todo o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que apresentou outra posição em relação ao Oriente Médio. Em 31 minutos de discurso de Obama, mais aplausos, nove vezes no total.O presidente norte-americano iniciou e terminou o discurso homenageando o embaixador americano Chris Stevens, morto na Líbia. Obama fez um discurso com mais apelo emocional, diluindo a posição dos Estados Unidos de contra-ataque aos "assassinos" de Stevens e intervenção militar no Oriente Médio com a defesa da liberdade religiosa dos islâmicos e dos preceitos da diplomacia.
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