Em um discurso de comemoração pelas vitórias nas primárias republicanas na Superterça, o ex-presidente Donald Trump realizou diversas críticas ao governo de Joe Biden e à crise na fronteira entre Estados Unidos e México.
“Temos milhões de pessoas invadindo nosso país” através da fronteira sul, disse Donald Trump em seu discurso de vitória em Mar-a-Lago, na Flórida, nesta noite de terça-feira, 6. “Isso é uma invasão. Esta é provavelmente a pior invasão”, afirmou o ex-presidente, se referindo à entrada de migrantes aos Estados Unidos.
Trump também citou no seu discurso números não oficiais e não confirmados da suposta imigração ilegal no país, reforçando sua mensagem anti-imigrantes. “O número hoje poderia ser de 15 milhões de pessoas. E elas vêm de lugares difíceis e perigosos”, disse ele.
À medida que a segurança na fronteira se torna cada vez mais uma questão importante para os eleitores, Trump tem reiterado essa mensagem - assim como fez em sua campanha de 2016.
As políticas em relação à imigração pela fronteira com o México tem sido um dos assuntos mais controversos no governo. Biden, que tem ficado à defensiva sobre essa questão, tentou apontar que os republicanos sabotaram os esforços para aprovar uma reforma migratória bipartidária no Congresso - depois que Trump disse a eles para não dar ao presidente uma vitória política.
Trump, por sua vez, realizou declarações radicais em relação aos imigrantes que entram nos EUA ilegalmente, afirmando que eles estavam “envenenando o sangue de nosso país”, e aumentou a mensagem infundada de que os imigrantes são perigosos.
“Temos pessoas vindo de lugares tão, mas tão ruins, e teremos que tirá-las. Temos assassinos sendo depositados em nosso país. Temos traficantes de drogas nos maiores e mais altos níveis entrando em nosso país”, disse ele.
Trump citou brevemente a Covid-19, chamando o vírus de forma controversa: “Eu chamo carinhosamente de vírus chinês”, disse ele.
No seu discurso, o político percorreu também momentos de sua administração, vários deles ocorridos há mais de cinco anos. “Vamos tornar a América grande novamente, maior do que nunca”, afirmou. /Com AP e The Guardian
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