Duas explosões mataram neste sábado, 10, 38 pessoas e deixaram outras 155 feridas em Istambul. Primeiro, um carro-bomba foi detonado nas imediações do estádio do Besiktas, às 22h30 (17h30 em Brasília), duas horas após uma partida de futebol entre os donos da casa e o Bursaspor. Segundos depois, perto dali, nos arredores da Praça Taksim, um suicida teria detonado explosivos que levava junto ao corpo. Os alvos seriam os ônibus da tropa de choque que faziam a segurança dos torcedores no estádio.
“Assistimos esta noite, em Istambul, à manifestação mais horrorosa do terrorismo”, afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. O ministro do Interior, Suleyman Soylu, disse que 27 mortos eram policiais. Segundo ele, as explosões foram “um ataque terrorista”. O governo da Turquia, no entanto, ainda não sabe quem seria o responsável. Embora nenhum grupo tenha assumido imediatamente a autoria da ação, dez suspeitos foram detidos.
É possível que o ataque tenha sido preparado pelo Estado Islâmico. A Turquia luta contra o EI no norte da Síria. Em junho, militantes islâmicos atacaram o aeroporto de Istambul, matando 41 pessoas.
Um mês depois, uma tentativa de golpe de Estado deixou cerca de 350 mortos no país. O governo turco culpou o clérigo Fethullah Gülen, desafeto de Erdogan exilado nos EUA. Desde então, centenas de jornalistas, ativistas e acadêmicos foram presos e 110 mil militares foram expurgados ou suspensos das Forças Armadas.
Outra possibilidade, segundo autoridades, seria um ataque de militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Em março, 37 pessoas morreram em uma ação suicida do grupo em Ancara. / AP e NYT
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