Operação ‘London Bridge’? Operação Unicórnio? O que acontece após a morte da rainha Elizabeth II

Há um protocolo que deve ser seguido para os 10 próximos dias. De acordo com o plano, haverá dias de visitas ao caixão

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Por Redação
Atualização:

O Reino Unido tem diferentes planos há anos que determinam o que aconteceria após a morte da rainha Elizabeth II. Se a monarca tivesse morrido em Londres, a Operação London Bridge, que vinha sendo divulgada desde a piora no estado de saúde de Elizabeth, seria acionada.

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Como ela morreu na Escócia, no Palácio de Balmoral, a operação acionada é a Unicórnio. Segundo o jornal britânico The Guardian, algumas coisas no início do trâmite após a morte de Elizabeth mudam. De acordo com o cronograma, daqui a dois dias, seu caixão será levado em carro para o Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo, onde ficará repousando por alguns dias. Ali, durante 24 horas, será permitida a entrada do público para velar a monarca mais longeva do Reino Unido.

Cinco dias depois de sua morte, o corpo de Elizabeth será levado de volta ao Palácio de Buckingham, em Londres, onde vão ocorrer 10 dias de cerimônias, que incluem seu velório e, então, a coroação de Charles como Rei Charles III, que já assumiu o poder. Nesse momento, têm início os trâmites já previstos na Operação Ponte de Londres.

A data da morte representa o “Dia D”, os seguintes são D+1, D+2 e assim por diante.

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Príncipe Charles, de 73 anos, que assume o trono britânico após a morte da rainha Elizabeth 

Quando a rainha-mãe morreu na tarde de um sábado de Páscoa, em 2002, no Royal Lodge em Windsor, ela teve tempo de telefonar para amigos para se despedir e doar alguns de seus cavalos.

Nesta quinta-feira, antes da morte da monarca, o palácio divulgou boletins, não muitos, mas suficientes, para que o público se preparasse para este momento. Em 1901, dois dias antes da morte da rainha Vitória, o médico dela anunciou: “A rainha está sofrendo de grande prostração física, acompanhada de sintomas que causam muita ansiedade”, disse Sir James Reid.

Pessoas vão ao portão do Palácio de Buckingham, em Londres, para acompanhar os preparativos após a morte da rainha  Foto: Toby Melville/Reuters

O último aviso emitido pelo médico de George V, Lord Dawson, na noite de 20 de janeiro de 1936, antecedeu sua morte. Pouco tempo depois, Dawson injetou no rei 750mg de morfina e um grama de cocaína – o suficiente para matá-lo duas vezes – para aliviar o sofrimento do monarca.

A sucessão

Assim que Elizabeth II fechou seus olhos para sempre, Charles se tornou rei e, é por isso que a bandeira do Palácio de Buckingham que representa a realeza nunca está a meio mastro. afinal sempre que um monarca morre, outro assume em seu lugar. Minutos após a confirmação da morte de Elizabeth, Charles se tornou o rei Charles III.

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Segundo o plano real, o primeiro funcionário a lidar com a notícia seria Sir Christopher Geidt, secretário particular da rainha, um ex-diplomata que recebeu um segundo título de cavaleiro em 2014, em parte por planejar sua sucessão.

Geidt deveria entrar em contato com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, para dar a notícia. A última vez que um monarca britânico morreu, George VI há 65 anos, sua morte foi transmitida em uma palavra-código, “Hyde Park Corner”, ao Palácio de Buckingham, para evitar que os telefonistas descobrissem.

A notícia então foi para os 15 governos fora do Reino Unido, onde a rainha também é chefe de Estado, e para as 36 outras nações da Commonwealth.

A notícia chegou ao público, em questão de minutos. O Guardian lembra que quando a princesa Diana morreu às 4 horas no hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris, em 31 de agosto de 1997, os jornalistas que acompanhavam o ex-secretário de Relações Exteriores Robin Cook, em uma visita às Filipinas souberam em 15 minutos.

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Por muitos anos, a rede britânica BBC foi informada sobre as mortes da realeza em primeira mão, mas seu monopólio na transmissão para o império acabou.

O novo rei

Charles já é o novo rei. No entanto, pode levar semanas ou meses antes da coroação formal. No caso de Elizabeth, sua coroação ocorreu em 2 de junho de 1953 – 16 meses após sua ascensão em 6 de fevereiro de 1952, quando seu pai, o rei George VI, morreu.

Dentro de 24 horas após a morte de um monarca, um novo soberano é proclamado formalmente o mais rápido possível no Palácio de St. James em Londres pelo “Conselho de Adesão”. Este é composto por funcionários do Conselho Privado, que inclui altos ministros, juízes e líderes da Igreja da Inglaterra, que são convocados ao palácio para a reunião.

O então príncipe Charles, agora rei, durante aberto do Parlamento britânico Foto: Alastair Grant/Reuters

O Parlamento é então chamado de volta para os legisladores fazerem seus juramentos de fidelidade ao novo monarca.

O novo monarca fará um juramento perante o Conselho Privado no Palácio de St. James e a proclamação do novo soberano é então lida publicamente no mesmo palácio, bem como em Edimburgo, Cardiff e Belfast – as capitais das quatro nações que compõem o Reino Unido.

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Charles deve declarar ao Parlamento no primeiro dia de sua sessão após a ascensão, ou na coroação, o que ocorrer primeiro, que ele é um protestante fiel. O juramento é obrigatório pelo Ato de Declaração de Adesão de 1910.

Ele também deve fazer um juramento de coroação conforme prescrito pela Lei de Juramento de Coroação de 1689, a Lei de Liquidação de 1701 e a Lei de Declaração de Adesão.

Ele deve estar em comunhão com a Igreja da Inglaterra, uma regra flexível que permitiu que o rei George I e o rei George II reinassem mesmo sendo luteranos./AFP e AP

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