Em carta de 1980, príncipe Charles revela temor do divórcio

Em mensagem escrita a amiga no Canadá, herdeiro diz que questão o preocupava bastante

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Atualização:

WASHINGTON - O príncipe britânico Charles temia a perspectiva de divórcio um ano antes de se casar com a princesa Diana, sugere uma carta escrita por ele em 1980, que está à venda nos Estados Unidos.

Príncipe Charles e sua mulher, Camila Foto: REUTERS/Suzanne Plunkett

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"Realmente espero que você tenha se recuperado do traumático negócio do casamento e do divórcio em um curto espaço de tempo", disse a Janet Jenkins, uma recepcionista do consulado britânico em Montreal que ele conheceu em 1975.

"Graças a Deus você descobriu o erro cedo o bastante e não começou uma família", completa Charles na carta de sete páginas escrita à mão em papel timbrado do Castelo de Windsor.

"Começar uma família e cometer um erro desses é, francamente, algo que me preocupa bastante e eu acho que minha solução de casar com uma garota de cada país da Commonwealth é a melhor!", brinca.

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O príncipe continua a contar a Jenkins que "o que quer que aconteça, vou me assegurar que você seja avisada antes". A correspondência inclui um cumprimento de aniversário atrasado.

A carta está à venda por US$ 3.900 por Alicia Carroll, uma colecionadora e vendedora de objetos da família real britânica.

Está entre seis cartas escritas pelo príncipe de Gales a Jenkins que Carroll tinha tentado leiloar no site eBay em 2009 com um preço inicial de US$ 30 mil.

Em um e-mail à France Presse, Carrol afirmou que as cartas - todas escritas em 1976, além de uma de 1980 mencionando um divórcio - encontraram um comprador, mas a compra falhou quando seu cartão de crédito foi recusado.

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Charles casou-se com Diana em julho de 1981. Eles se separaram em 1992 e se divorciaram em 1996, um ano antes de ela morrer em Paris em um acidente de carro.

Em uma entrevista de 2009 para a rede de televisão canadense CTV, Jenkins, uma galesa divorciada duas vezes e mãe de um filho, disse que tinha 25 anos quando conheceu Charles, que estava em Montreal em uma visita da Marinha Real. Carrol disse ter comprado as cartas de Jenkins. / AFP

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