PEQUIM - O ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeshi Iwaya, encontrou-se nesta quarta-feira, 25, com os principais líderes chineses durante visita a Pequim. O encontro se dá pouco antes de Donald Trump voltar ao comando dos Estados Unidos, considerado o esteio das políticas diplomáticas e de segurança nipônica.
A posição do republicano quanto à aliança, entretanto, é considerada incerta. Neste contexto, mesmo após anos de tensão com os chineses, os japoneses têm buscado estabilidade em sua relação com o vizinho.
Antes de encontrar-se com o chanceler chinês, Wang Yi, Iwaya disse querer construir uma relação onde as pessoas de ambos os países sintam que as interações Japão-China se desenvolveram e progrediram em uma direção positiva.
Fukushima
No topo da agenda de Iwaya está a proibição da China aos frutos do mar japoneses em resposta à liberação de águas residuais da usina nuclear de Fukushima no mar, além da atividade militar cada vez mais assertiva da China nos Mares do Leste e do Sul.
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Em setembro, os dois países concordaram em avançar na discussão sobre a proibição dos frutos do mar. No mês seguinte, especialistas chineses juntaram-se a uma missão de monitoramento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a Fukushima, coletando amostras para análise.
No entanto, não se espera um avanço expressivo quanto ao tema durante a visita de Iwaya. Ainda assim, o primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse após encontro realizado hoje, 25, que as relações China-Japão estão em um período crítico de melhoria e desenvolvimento. “A China está disposta a trabalhar junto com o Japão para avançar na importante direção proposta pelos líderes dos dois países”, completou./ AP
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