O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, mostrou-se nesta terça-feira disposto a se reunir "a qualquer momento" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas advertiu que pode adotar "novas medidas" se a "paciência" do regime de Pyongyang for mal interpretada.
"Estou disposto a me reunir com o presidente dos EUA a qualquer momento para promover a melhoria da comunidade internacional", afirmou Kim, em sua mensagem de ano novo, reproduzida por veículos de imprensa sul-coreanos.
No entanto, ele afirmou que as sanções econômicas aplicadas contra o regime de Pyongyang devem ser encerradas e acrescentou que "seria inevitável" adotar "novas decisões e iniciativas" se a "paciência" da Coreia do Norte for mal interpretada.
A mensagem de Ano Novo de Kim é considerada o discurso anual mais importante do líder norte-coreano, pois serve para conhecer tanto seus objetivos de política interna, quanto sua reação ao tratamento que seu regime recebe de outros países.
Kim expressou seu compromisso a favor da desnuclearização da península coreana, algo que vem insistindo nos últimos meses e que foi tema principal de seu primeiro encontro com Trump, em junho passado, em Singapura.
Porém, ele também pediu que os EUA tomem "medidas correspondentes", referindo-se às sanções que os americanos e a ONU vêm aplicando pelo programa de testes balísticos e nucleares do regime de Pyongyang.
Em sua mensagem, Kim também elogiou o resultado das três cúpulas que teve em 2018 com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.