Em recado ao Ocidente, Rússia inicia exercícios com armas nucleares táticas perto da Ucrânia

No início do mês, Putin anunciou que planejava realizar manobras em resposta às declarações de potências ocidentais sobre o envio de tropas à Ucrânia

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Por Redação

A Rússia deu início nesta terça-feira, 21, à primeira fase de exercícios militares com armas nucleares táticas perto da Ucrânia. Os testes, de acordo com o governo de Vladimir Putin, são uma resposta às “ameaças” das potências ocidentais, como Estados Unidos e França.

Putin anunciou no início do mês que planejava realizar esses exercícios, em resposta às declarações de dirigentes de potências ocidentais sobre a possibilidade de enviar tropas à Ucrânia. Essa foi a primeira vez que o governo russo anunciou abertamente os testes envolvendo armamentos nucleares táticos, embora as forças russas realizem exercícios do tipo regularmente.

Estas manobras, que ocorrem no distrito militar sul, fronteiriço com a Ucrânia, têm como objetivo verificar a “disponibilidade” de “armas nucleares não estratégicas (…), para garantir a integridade territorial e a soberania do Estado russo”, indicou o Ministério da Defesa em um comunicado. A pasta acrescentou que os exercícios eram uma “resposta às declarações provocativas e ameaças de certos funcionários ocidentais”.

Foto divulgada pelo Ministério da Defesa da Rússia mostra soldados russos participando da primeira fase de exercícios militares envolvendo armamentos nucleares táticos. Foto: Ministério da Defesa Russo/via REUTERS

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Segundo o Ministério, durante esta fase, os soldados russos estão praticando o carregamento de “munição especial” em baterias de mísseis Iskander, assim como seu envio “de forma oculta” às regiões de disparo. A Força Aérea e os mísseis hipersônicos Kinjal também participam dos exercícios.

Armas nucleares táticas incluem bombas aéreas, ogivas para mísseis de curto alcance e munições de artilharia destinadas a serem usadas em campo de batalha. Elas são menos poderosas do que as ogivas massivas que equipam mísseis balísticos intercontinentais e que podem destruir cidades inteiras./Com informações de AFP.

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