Embaixada argentina em Madri recebe mais de 100 mil assinaturas contra legalização do aborto
Manifestantes a favor da aprovação do projeto na Argentina também se reuniram em frente ao escritório diplomático
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Por Redação
MADRI - Um grupo contrário à legalização do aborto na Argentina entregou à embaixada do país em Madri nesta quarta-feira, 8, 102 mil assinaturas contra o projeto que está sendo votado pelo Senado argentino. No momento da entrega, cerca de 150 mulheres se manifestavam no mesmo local a favor da permissão da interrupção voluntária da gravidez. Algumas das manifestantes se reuniram com o ministro conselheiro da embaixada, Eduardo Michel, e entregaram a ele um documento em defesa de sua opinião.
O Senado da Argentina começou a debater um projeto de lei sobre a legalização do aborto nesta quarta-feira, dois meses após a aprovação na Câmara dos Deputados. O caso levou a intensos debates políticos e sociais no país, com repercussão internacional. "A Argentina pede que as duas vidas sejam salvas", disse o argentino Agustín Wapinsky, voluntário do CitizenGO.
As assinaturas entregues no escritório de representação diplomática são de "cidadãos da Argentina e do mundo", explicou Wapinsky, pedindo que o projeto seja vetado. Identificados pela cor azul celeste, os voluntários do CitizenGo no local afirmaram que esperam influenciar na decisão dos senadores indecisos e pediram que "ouçam os cidadãos e sejam verdadeiros representantes do povo".
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
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Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Deputados argentinos aprovaram o projeto de lei que descriminaliza o aborto no país. Agora, ele segue para o Senado. Iniciativa teve 129 votos a favor... Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFPMais
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
O projeto de lei descriminaliza qualquer aborto realizado até a 14ª semana de gestação - e não apenas em caso de estupro ou de risco para a vida da mu... Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFPMais
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Ele também estabelece que se a gestante for menor de 16 anos, o procedimento deverá ser feito com o seu consentimento Foto: Jorge Saenz / AP
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Manifestantes a favor e contra o procedimento ocuparam as ruas próximas ao Congresso. Os que eram favoráveis, entoavam frases como “Aborto legal no ho... Foto: Jorge Saenz / APMais
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
“Não é aborto se o aborto não é legal ou clandestino. Nem uma a menos por aborto clandestino” Foto: Jorge Saenz / AP
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Os panos verdes usados na campanha pela legalização do aborto se transformaram no símbolo dos defensores da descriminalização Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFP
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Entre os que se opõem à decisão, frases como “Aborto é matar” e “Salvemos as duas vidas” ilustraram a campanha contra a medida Foto: Marina Guillén / EFE
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“Legal ou ilegal, o aborto mata igual” Foto: Eitan ABRAMOVICH / AFP
Argentinos celebram aprovação na Câmara do projeto de lei que legaliza aborto
Dentre as imagens usadas pelos opositores durante a campanha estavam figuras religiosas e desenhos de fetos Foto: Jorge Saenz / AP
A poucos metros de distância, estava o grupo que gritava a favor do projeto de lei, com os lenços verdes da Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina, que começou há 13 anos. As manifestantes afirmavam que hoje é um dia "decisivo para todas as mulheres". Representantes do Partido Socialista Espanhol (PSOE) e do Podemos também demonstraram apoio à descriminalização do aborto na Argentina.
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"Esperamos que hoje o Senado argentino aprove que as mulheres possam fazer um aborto legal, seguro e gratuito para não morrerem", enfatizou Lorena Morales, secretária para Igualdade do PSOE em Madri. A presidente do partido, Cristina Narbona, anunciou na terça-feira, pelo Twitter, seu apoio ao aborto seguro e gratuito no país através da campanha #PañuelazoInternacional. A deputada e secretária de Feminismos e LGBTI do Podemos, Sofía Castañón, ressaltou o objetivo de "tornar os direitos das mulheres iguais."/ EFE