Embaixada do Brasil no Líbano pede que cidadãos deixem o país ‘até o retorno à normalidade’

Aviso emitido em meio às tensões no Oriente Médio ocorre após outros governos orientarem cidadãos a saírem da região devido ao risco de uma guerra entre Israel e o Hezbollah

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Por Redação

A Embaixada do Brasil no Líbano divulgou nota em que pede aos cidadãos brasileiros que considerem deixar o país “por meios próprios, até o retorno à normalidade”. O aviso, emitido em meio às tensões no Oriente Médio, ocorre após outros governos, como o dos Estados Unidos e do Reino Unido, pedirem aos seus cidadãos que deixem o país, devido ao risco de uma guerra entre Israel e o Hezbollah, com consequências imprevisíveis para a região.

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“A Embaixada do Brasil no Líbano está atenta à escalada de tensão na região e empenhada em prestar as orientações devidas à comunidade. Caso não esteja no Líbano, não viaje ao país”, afirma trecho do comunicado.

O governo brasileiro sugere que seus cidadãos, caso julguem essencial a permanência no Líbano, que evitem ficar no sul do país, “em zonas de fronteira ou em outras áreas de reconhecido risco”.

A embaixada também pede aos brasileiros que não participem de aglomerações e protestos e se mantenham informados da situação atual do país, além de acompanhar os canais de comunicação do órgão, como WhatsApp, Facebook, Twitter e site.

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Área no Líbano próxima à fronteira com Israel é alvo de ataques Foto: Leo Correa/AP

Os brasileiros também são orientados a manter todos seus dados de cadastro atualizados junto ao setor consular da embaixada.

Na semana passada, governo brasileiro já havia emitido nota condenando um ataque aéreo de Israel numa área residencial de Beirute. “O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países”, afirmou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

“Desse modo, exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional”, diz a nota.

No sábado, 3, o governo dos Estados Unidos pediu aos cidadãos americanos que deixem o Líbano por meio de qualquer passagem aérea disponível. “Encorajamos aqueles que desejam partir do Líbano a reservar qualquer bilhete disponível, mesmo que esse voo não parta imediatamente ou não siga a rota de sua primeira escolha”, disse a embaixada, em publicação no X.

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O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, também afirmou na semana passada que as tensões estão “altas e a situação pode se deteriorar rapidamente”. “Minha mensagem para os cidadãos britânicos no Líbano é clara: saiam agora”, disse.

Escalada das tensões no Oriente Médio

As tensões na região aumentaram com a morte, na última terça-feira, de um oficial sênior do Hezbollah em um bombardeio israelense em um subúrbio de Beirute e com a morte, no dia seguinte, em Teerã, atribuída a Israel, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.

Haniyeh, cuja morte foi denunciada no sábado em protestos em vários países muçulmanos, incluindo Marrocos e Turquia, foi enterrado na sexta-feira, 2, em um cemitério perto de Doha, no Qatar, onde vivia no exílio, após receber um funeral em massa. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ameaçou Israel com “punição severa”, e o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, falou de uma “resposta inevitável”.

A representação iraniana na ONU disse que esperava que o Hezbollah atacasse “profundamente” o território israelense e não se limitasse a alvos militares.

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Israel e o Hezbollah libanês, aliado do Hamas, têm se envolvido em duelos de artilharia quase diários desde o início da guerra de Gaza. O Hezbollah anunciou neste sábado que disparou “dezenas” de foguetes contra um assentamento ao norte de Israel.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse na quinta-feira que Israel “está em um alto nível de preparação para qualquer cenário, tanto defensivo quanto ofensivo”./Com agências internacionais

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