A guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas tem chamado a atenção de brasileiros que desejam servir ao exército israelense. Segundo a embaixada de Israel no Brasil, a representação diplomática tem recebido entre 100 e 150 e-mails por dia de brasileiros que querem lutar na guerra contra o grupo terrorista Hamas.
Em nota enviada ao Estadão, a embaixada israelense no Brasil aponta que brasileiros só serão convocados se também possuírem a cidadania israelense e se já tiverem feito o serviço militar obrigatório em Israel.
“Apenas quem já serviu o exército israelense pode ser convocado, se um brasileiro vive a vida inteira no Brasil e mora no Brasil, mas adquiriu a cidadania israelense, não pode ser convocado porque não está alistado na reserva”, destacou a representação diplomática israelense. “A convocação, para quem a recebeu e faz os treinamentos anuais, é obrigatória para quem ainda está ligado a uma unidade de reserva”.
Reserva
A embaixada israelense ponderou que só está convocando cidadãos israelenses que moram no Brasil e fazem parte da reserva do exército.
“A possibilidade de um israelense que reside no Brasil ser chamado só existe se essa pessoa não se desligou da reserva quando deixou Israel. Eles precisam se desligar, mas algumas pessoas esquecem”, aponta a embaixada de Israel.
Morte de brasileiros
Dois brasileiros que possuem a cidadania israelense foram mortos nos ataques do grupo terrorista Hamas no sábado, 7, que tirou a vida de 1.300 pessoas e deixou 3.300 feridos em um dos maiores ataques terroristas da história de Israel e o maior número de judeus assassinados em um único dia desde o fim do Holocausto.
O governo brasileiro confirmou as mortes de Ranani Glazer, de 24 anos, e de Bruna Valeanu, também de 24 anos. Os dois participavam de uma rave no deserto do Neguev, próximo da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza. 260 corpos foram encontrados no local da rave.
A festa era a edição israelense da rave de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok. Segundo informações do Itamaraty, um brasileiro ficou ferido e foi hospitalizado, mas já foi liberado e passa bem.
A carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, segue desaparecida. Na quarta-feira, 11, o porta-voz internacional das Forças de Defesa de Israel, Jonathan Conricus, afirmou que brasileiros haviam sido levados para a Faixa de Gaza como reféns.
Contudo, após contato do Estadão, Conricus afirmou que não existe a certeza de que brasileiros estão na Faixa de Gaza. “A situação no momento é muito confusa e não dá para afirmar com toda a certeza que há brasileiros”, disse.
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