QUITO - Em meio a uma onda de violência no Equador, 68 membros suspeitos de integrar uma organização criminosa foram presos pelas forças de segurança neste domingo, 21, segundo a polícia. Eles tentaram invadir um hospital em uma cidade do sudoeste do país.
Dezenas de homens armados entraram no hospital em Yaguachi, província de Guayas, nas primeiras horas da manhã para proteger um homem pertencente ao seu grupo que foi ferido, mas depois morreu no local, confirmou a polícia.
Depois que o alerta foi emitido sobre a situação no hospital, a polícia e as unidades táticas do exército realizaram uma operação que levou à captura de 68 pessoas envolvidas na ação. Eles haviam se refugiado em um centro próximo ao hospital. Não foram registrados feridos ou vítimas.
O coronel Julio Camacho, comandante da polícia da zona 5, à qual Yaguchi pertence, disse à imprensa que os envolvidos estavam alojados em “um suposto centro de reabilitação” do qual foram retirados pelos agentes e serão colocados sob custódia das autoridades competentes.
No local, que também funcionava como um “bordel” e onde havia menores de idade, segundo Camacho, foram apreendidas armas de fogo, drogas e um sistema de vigilância por câmeras com o qual “eles monitoravam a presença da polícia”.
As autoridades não especificaram a qual organização criminosa os homens presos pertencem. Em imagens publicadas nas redes sociais, reproduzidas pela mídia local e nacional, é possível ver os danos causados ao hospital. Por outro lado, vídeos divulgados pela polícia e pelas Forças Armadas mostram dezenas de homens deitados no chão, de bruços, com as mãos na cabeça e de cueca.
No início do dia, as forças armadas informaram a apreensão de um “arsenal” de armas de longo alcance, munição e cerca de três toneladas de substâncias proibidas em uma operação militar na província costeira de Los Rios, no sudoeste do Equador. O incidente ocorreu em meio a um estado de emergência e à declaração de um conflito armado interno, no qual o governo do presidente Daniel Noboa declarou guerra a cerca de 22 organizações criminosas que ele descreveu como “terroristas”.
A violência se agravou no país andino nos últimos dias após a fuga de uma prisão em Guayaquil do chefe das drogas Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder do grupo criminoso Los Choneros, que as autoridades afirmam ter ligações com o cartel de Sinaloa, no México.
A medida do governo desencadeou uma série sem precedentes de ações violentas no Equador, como tumultos em prisões, a detonação de explosivos em várias partes do país e a tomada de uma estação de televisão./AP
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