PUBLICIDADE

Equador busca acordo com Odebrecht para investigar pagamento de propina

Empreiteira teria pago US$ 33,5 milhões em suborno no país entre 2007 e 2016

PUBLICIDADE

Por irregularidades, Odebrecht chegou a ser expulsa do Equador em 2008. Em 2010, empreiteira pôde voltar a operar no país Foto: JF Diório/Estadão

QUITO - O Equador negocia um acordo com a construtora Odebrecht para esclarecer os supostos subornos milionários da gigante construtora a funcionários públicos e políticos equatorianos, disse na noite desta segunda-feira, 6, o procurador-geral do país, Galo Chiriboga.

PUBLICIDADE

"Se o Estado equatoriano e a construtora brasileira Odebrecht chegarem a um acordo, proponho que este seja público", escreveu o procurador em sua conta no Twitter.

O procurador, que tem mantido negociações com representantes legais da empresa, afirmou ainda que "a confidencialidade de um possível acordo com a Odebrecht respeitará a proteção às vítimas e testemunhas e a natureza da investigação".

A procuradoria do Equador investiga a afirmação da Odebrecht ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos, na qual a empreiteira brasileira admitiu ter pago, entre 2007 e 2016, propina da ordem US$ 33,5 milhões a funcionários públicos e políticos equatorianos.

Em 2008, após irregularidades na construção de uma hidrelétrica, o presidente Rafael Correa expulsou a empreiteira do país. A Odebrecht voltou a operar no Equador em 2010, após um acordo com o Estado.

Chiriboga admitiu que nos diálogos que têm mantido com representantes da Odebrecht já "se chegaram a linhas de cooperação" para que a empresa admita os casos de corrupção.

Na quarta-feira passada, 1º, um juiz equatoriano bloqueou o pagamento de US$ 40 milhões à Odebrecht para "garantir uma possível indenização ao Estado".

Publicidade

Em dezembro, a Procuradoria equatoriano fez diligências nos escritórios da Odebrecht no país, enquanto a Justiça proibiu temporariamente o Estado de fazer contratos com a empreiteira. / AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.