Equador declara estado de exceção e blinda policiais e militares

O presidente de direita Guillermo Lasso também decidiu mudar o ministro da Defesa, em meio à crise carcerária e a um período de insegurança no país, todos efeitos do narcotráfico

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Por Redação

QUITO - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, declarou nesta segunda-feira, 18, estado de exceção por 60 dias em todo o país em resposta ao aumento da criminalidade e blindou as forças de segurança (policiais e militares) de possíveis ações judiciais pelo desempenho de suas funções.

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Por meio de um decreto executivo, Lasso declarou um estado de exceção devido a graves distúrbios internos causados pelo aumento da atividade criminosa.

O presidente equatoriano complementou sua decisão em uma mensagem à nação na qual anunciou a criação de um comitê de defesa jurídica da força pública encarregado de defender os policiais ou militares que possam ser processados por cidadãos no contexto de ações de segurança.

O novo ministro da Defesa, general reformado Luis Hernandez, foi apontado pelo presidente Guillermo Lasso Foto: Bolivar PARRA / Ecuadorian Presidency / AFP

"A medida visa controlar as circunstâncias que surgiram, restabelecer a convivência pacífica e a ordem pública", segundo o decreto. A medida foi tomada em meio a uma onda de crimes, especialmente na cidade costeira de Guayaquil e em áreas vizinhas. 

Lasso, que assumiu o cargo em maio, disse que "nas ruas do Equador só existe um inimigo: o narcotráfico", e que, "nos últimos anos, o Equador passou de país de tráfico de drogas a um país que também as consome".

O presidente de direita também decidiu hoje mudar o ministro da Defesa, em meio à crise carcerária e a um período de insegurança no país, todos efeitos do narcotráfico.

Entre janeiro e agosto, foram registrados 1.427 assassinatos no país, 55 a mais do que em todo o ano de 2020, segundo o Ministério do Interior. Há duas semanas, detentos que fazem parte de grupos criminosos ligados a cartéis do México e da Colômbia enfrentaram-se a tiros em uma penitenciária de Guayaquil, deixando 119 mortos, em um dos piores massacres penitenciários já registrados na América Latina./EFE e AFP 

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