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Equador decreta estado de exceção após aumento de violência nas penitenciárias

Confrontos entre detentos mata ao menos 18 pessoas

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Por Redação
Atualização:

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou o estado de exceção por 60 dias “devido a graves distúrbios internos” em todas as prisões que compõem o Sistema Nacional de Reabilitação Social.

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A Secretaria Geral de Comunicação da Presidência emitiu nesta terça-feira, 25, o decreto, assinado pelo mandatário no dia anterior, quando confrontos entre reclusos deixaram ao menos 18 mortos e 11 feridos na penitenciária da província de Guayas, incluindo um policial.

Além disso, 96 agentes penitenciários estão retidos por reclusos em cinco prisões e os presos de 13 penitenciárias estão em greve de fome.

Uma equipe de segurança revista um homem em um posto de controle fora da prisão Penitenciaria del Litoral após um motim, em Guayaquil, Equador, em 14 de abril de 2023. Foto: Vicente Gaibor del Pino / REUTERS

A declaração do estado de exceção tem por objetivo preservar os direitos das pessoas privadas de liberdade, como grupo prioritário, assim como os dos agentes penitenciários e policiais.

O objetivo também é controlar as circunstâncias atuais e restabelecer a coexistência pacífica, a ordem e o funcionamento normal dos centros de privação de liberdade.

O decreto prevê a intervenção das Forças Armadas no interior das prisões, uma ação excepcional, temporária, subsidiária e exclusiva em caso de perturbações graves da ordem.

As Forças Armadas entrarão nos estabelecimentos prisionais até que estes recuperem o controle e garantam que não existe qualquer ameaça ou perigo grave para a vida e integridade física e sexual dos reclusos, visitantes e pessoal prisional, entre outros.

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O decreto determina ainda a suspensão dos direitos à inviolabilidade da correspondência e à liberdade de reunião dos reclusos.

O Ministério do Interior equatoriano informou ainda nesta terça-feira que um total de 2.700 membros da Polícia e das Forças Armadas do Equador realizaram uma operação de controle na penitenciária depois que o presidente do país, Guillermo Lasso, declarou estado de emergência nos presídios equatorianos.

O decreto relacionado às prisões foi emitido ao mesmo tempo que a decisão da declaração do estado de exceção por 60 dias e o toque de recolher obrigatório noturno nas províncias de Manabí e Los Ríos e no município de Durán, um dia depois do assassinato do prefeito de Manta, Agustín Intriago. /EFE

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