Essequibo: Itamaraty expressa ‘preocupação’ sobre manobras militares na região

Na quinta-feira, soldados da Venezuela participaram de exercícios em resposta à chegada de um navio de guerra enviado pelo Reino Unido à Guiana

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O governo brasileiro manifestou, nesta sexta-feira, 29, “preocupação” com o novo pico de tensão entre Venezuela e Guiana no conflito pelo Essequibo, após as manobras militares próximas à região rica em petróleo.

PUBLICIDADE

“O governo brasileiro acompanha com preocupação os últimos desdobramentos do contencioso em torno da região de Essequibo”, disse o Itamaraty em uma nota oficial.

Mais de 5,6 mil soldados venezuelanos participaram, na quinta-feira, 28, de exercícios militares ordenados pelo presidente Nicolás Maduro, em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana, que negou ter planos para uma “ação ofensiva” contra Caracas.

A chegada do “HMS Trent” alterou uma frágil trégua entre os dois países em uma disputa centenária pelo território de Essequibo, rico em petróleo e administrado pela Guiana, que se intensificou nos últimos meses.

“O governo brasileiro acredita que demonstrações militares de apoio a qualquer das partes devem ser evitadas, a fim de que o processo de diálogo ora em curso possa produzir resultados”, acrescentou a pasta.

Publicidade

Foto divulgada pela presidência venezuelana mostra Nicolás Maduro em reunião com membros das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) em Caracas. Foto: FRANCISCO BATISTA / AFP

Desde o início das tensões, Lula tenta fazer a mediação entre Caracas e Georgetown para evitar uma possível guerra na região. O governo brasileiro disse estar “convencido” de que instituições regionais, como a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), são os fóruns adequados para resolver o assunto.

Também pediu “respeito” pela declaração de Argyle, alcançada em 14 de dezembro, na qual Guiana e Venezuela se comprometeram a abordar o assunto de forma pacífica./AFP.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.