Meios de comunicação norte-coreanos afirmaram nesta segunda-feira, 27 que o satélite espião recém colocado em órbita pelo regime de Kim Jong-un tirou fotos da Casa Branca, do Pentágono e outras instalações importantes da defesa dos Estados Unidos.
O próprio líder norte-coreano visitou o centro de controle da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (Nata) em Pyongyang, onde viu imagens de satélite da Casa Branca, do Pentágono, da base naval de Norfolk, a principal dos Estados Unidos, e dos estaleiros próximos de Newport News, onde são montados porta-aviões americanos e também submarinos, segundo a agência estatal KCNA.
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A reportagem da agência estatal de notícias norte-coreana especifica as horas em que as fotos foram tiradas — em torno de 23h35 local (11h35 no horário de Brasília), na segunda-feira. A notícia ainda detalha que “quatro porta aviões nucleares estadunidenses e um porta-aviões britânico foram vistos nas fotos da base naval de Norfolk”.
Kim recebeu um relatório sobre os preparativos para a entrada em operação do satélite de reconhecimento Malligyong-1, que estão sendo acelerados para que o dispositivo fique pronto um ou dois dias antes da data inicialmente prevista, no dia 1º de dezembro, segundo a KCNA.
A Coreia do Norte, que afirmou também ter obtido imagens de bases militares dos EUA na ilha de Guam, ainda não mostrou quaisquer fotos obtidas pelo seu novo satélite, lançado em órbita em 21 de novembro. No ano passado, a Coreia do Sul afirmou que a resolução das imagens de um dispositivo de teste lançado por Pyongyang era muito fraca e insistiu na mesma ideia — embora sem fornecer provas concretas — quando recuperou restos de um dos dois lançamentos falhados que a Coreia do Norte realizado em maio e agosto deste ano para tentar colocar o aparelho em órbita baixa da Terra.
Especialistas acreditam que, independentemente de a qualidade das imagens que o satélite capta poder ser baixa, a implantação deste dispositivo é um salto importante que permitiria agora a Pyongyang detectar, por exemplo, movimentos de tropas e meios ou alvos para potenciais ataques preventivos./EFE.
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