O Senado dos Estados Unidos analisa nesta terça-feira, 23, o texto do plano de ajuda que propõe US$ 95 bilhões (R$ 472 bilhões) para Ucrânia, Israel e Taiwan, que foi aprovado pela Câmara dos Representantes no último sábado, 20. O texto, que possui o apoio de republicanos e democratas, pode ser aprovado ainda nesta terça-feira.
“Não vamos deixar nossos amigos ao redor do mundo esperando nem mais um momento”, disse o líder democrata Chuck Schumer, que defende a adoção rápida. “O Senado enfrenta um teste”, repetiu o líder republicano Mitch McConnell. “Não devemos falhar”, disse ele antes que os senadores começassem a debater o assunto por volta das 14h (horário de Brasília).
Leia também
Depois de aprovado no Congresso, o projeto se tornará lei com a assinatura do presidente Joe Biden, que pediu aos legisladores que avancem rapidamente no projeto. Na segunda-feira, 22, Biden prometeu ao seu homólogo ucraniano, Volodmir Zelenski, enviar ajuda militar “rapidamente”. Do montante total apresentado ao Congresso, 61 bilhões de dólares (R$ 320 bilhões) vão para a Ucrânia.
Espera-se que o processo de aprovação no Senado seja mais fluido que as longas negociações na Câmara dos Representantes. O pacote de ajuda externa foi aprovado na Câmara no sábado depois de meses de frustração, forçando o presidente da Câmara, Mike Johnson, a formar uma dramática coligação bipartidária para aprovar o projeto.
A Câmara aprovou o pacote em quatro partes: uma medida para cada um dos três aliados dos EUA, e outra destinada a tornar o acordo mais atraente para os conservadores, que inclui uma disposição que poderia resultar na proibição nacional do TikTok.
Eles enviaram a legislação ao Senado como um pacote único que exigirá apenas uma votação favorável ou negativa para ser aprovada. O presidente da Câmara, Mike Johnson, estruturou a legislação dessa forma na Câmara para capturar diferentes coligações de apoio sem permitir que a oposição a qualquer elemento derrotasse tudo.
Espera-se que alguns republicanos de linha dura que se opõem à continuação do envio de ajuda à Ucrânia votem contra a legislação, tal como alguns democratas liberais, que dizem não poder mais apoiar o envio de mais armas para Israel em uma altura em que a ofensiva em Gaza matou dezenas de milhares de pessoas e provocou uma crise de fome.
Mas a expectativa é que a grande maioria dos senadores apoie a legislação, e os líderes do Senado consideraram a aprovação iminente do projeto de lei como um triunfo particular, dada a oposição de meses à ajuda à Ucrânia que se acumulou na Câmara./AFP, AP e NYT.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.