WASHINGTON - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump publicou um post no Facebook nesta sexta-feira, 17, pela primeira vez desde janeiro de 2021, quando foi banido. “I’M Back” (“Estou de volta”), escreveu Trump, ao lado de um vídeo de 12 segundos no qual ele aparece discursando após vencer a eleição de 2016.
Foram as primeiras mensagens em suas contas restabelecidas no Facebook e no YouTube, mais de dois anos depois de ter sido banido das plataformas por seu envolvimento na insurreição no Capitólio dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021.
Em 25 de janeiro, a Meta, dona das plataformas, anunciou que estava restabelecendo o acesso do ex-presidente aos serviços de mídia social.
Trump, que tinha a conta mais seguida no Facebook quando foi barrado, recuperou nas semanas seguintes ao anúncio o acesso às suas contas que coletivamente tinham centenas de milhões de seguidores. Em novembro, a conta de Trump também foi restabelecida no Twitter, que o barrava desde janeiro de 2021.
A Meta suspendeu Trump de suas plataformas em 7 de janeiro de 2021, um dia depois que centenas de seus apoiadores invadiram o Capitólio, dizendo que suas postagens corriam o risco de incitar mais violência. As contas de Trump em outros serviços de mídia social convencionais, incluindo YouTube e Twitter, também foram removidas naquela semana.
YouTube
O YouTube havia anunciado mais cedo, nesta sexta-feira, que retirou o veto que pesava sobre as contas de Trump e que o pré-candidato às primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024 já poderia “postar conteúdos novamente”.
“Avaliamos cuidadosamente o risco contínuo de violência no mundo, enquanto equilibramos a possibilidade de que os principais candidatos nacionais sejam ouvidos igualmente pelos eleitores nas vésperas de uma eleição”, declarou o YouTube em sua conta no Twitter.
O canal de Trump tem 2,64 milhões de assinantes e mais de 4 mil vídeos postados. “Este canal permanecerá sujeito às nossas políticas, assim como qualquer outro canal do YouTube”, acrescentou a empresa do conglomerado Alphabet.
Em maio de 2021, a CEO Susan Wojcicki disse que o veto ao canal de Trump seria suspenso quando diminuísse o risco de mais incitações à violência.
Apesar de ter recuperado o acesso a essas redes há algum tempo, Trump ainda não havia publicado nada em nenhuma plataforma que não fosse a Truth Social, uma rede social que ele criou em fevereiro de 2022.
Segundo a mídia especializada, Trump assinou um contrato de exclusividade com a Truth Social, mas essa cláusula pode acabar ainda este ano./AFP e EFE
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.