Estudantes marcham para pressionar políticos americanos a aprovar leis que restrinjam venda de armas
Cerca de 100 alunos da escola que foi palco de um massacre na Flórida no dia 14 viajaram à capital do Estado; estudantes escreveram 500 cartas aos congressistas pedindo o fim da violência nas salas de aula
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Por Redação
CORAL SPRINGS, EUA - Com os olhares voltados aos legisladores e políticos americanos, a campanha nacional de estudantes contra as armas "Never Again" aumentou a pressão na terça-feira 20 com mobilizações na Flórida, palco de um massacre em uma escola de ensino médio no qual 17 pessoas morreram.
Cerca de 100 alunos da escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland - onde no dia 14 o ex-aluno Nikolas Cruz matou 17 pessoas - marcharam rumo à capital do Estado, Tallahassee. O objetivo é pressionar o Congresso local a aprovar leis que restrinjam a venda de armas de fogo.
Enquanto isso, outro grupo similar de uma escola de Boca Raton marchava entre a cidade e Parkland para se somar aos protestos dos jovens que pressionam os congressistas estaduais e federais e o presidente Donald Trump para que estabeleçam um maior controle à venda de armas.
O protesto dos alunos, que escreveram 500 cartas aos congressistas nas quais pedem o fim da violência nas salas de aula, foi precedido de outros em diferentes escolas das cidades vizinhas de Fort Lauderdale e Hollywood.
Ataque em escola na Flórida mata 17
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Ataque em escola na Flórida mata 17
O jovem Nikolas Cruz, de 19 anos, matou 17 pessoas em uma escola na Flórida na quarta-feira 14. Ele estudou no local e, segundo testemunhas, era descr... Foto: AP Photo/Joel AuerbachMais
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O xerife Scott Israel, do Condado de Broward, responsável pela região, afirmou que o suspeito usou um rifle AR-15 contra os estudantes Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP
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Segundo relatos, Cruz usava máscara de gás, um chapéu preto e calça e blusa marrons no momento do ataque Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Ele seria integrante de grupos pró-armas nas redes sociais e teria participado de debates na internet sobre fabricação de bombas Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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O atirador chegou ao colégio Marjory Stoneman Douglas no horário de saída dos alunos. Antes de atacar, ele disparou o alarme de incêndio, justamente p... Foto: Saul Martinez/The New York TimesMais
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Ele foi preso sem apresentar resistência na cidade vizinha de Coral Springs, cerca de uma hora após deixar a escola Foto: John McCall/South Florida Sun-Sentinel via AP
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Nikolas Cruz foi acusado formalmente de 17 homicídios premeditados. Um promotor público do Estado apresentou as acusações no dia seguinte ao ataque Foto: Mike Stocker-South Florida Sun-Sentinel via AP
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Segundo autoridades, o agressor comprou a arma usada no massacre legalmente. Era conhecido como um jovem amante das armas que havia sido expulso do co... Foto: ReutersMais
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Nikolas Cruz tinha problemas familiares e perdeu a mãe adotiva recentemente, antes de se mudar para a casa de amigos, onde apresentava um comportament... Foto: ReutersMais
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Cruz e seu irmão biológico, Zachary, são filhos adotivos. Seus pais os adotaram depois de terem se mudado de Nova York para a Flórida, nos anos 1990 Foto: Michele Eve Sandberg/AFP
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Cruz chegou a receber tratamento psicológico por um tempo, mas desistiu das sessões há mais de um ano, segundo o prefeito do Condado de Broward, Beam ... Foto: Cristóbal Herrera/EFEMais
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A família está cooperando com as investigações e não é suspeita de colaborar com o ataque, segundo o relato do advogado que a representa Foto: Mike Stocker/South Florida Sun-Sentinel via AP
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O presidente dos EUA, Donald Trump, atribuiu o ataque a um distúrbio mental e à falta de vigilância Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Trump não mencionou em momento algum a questão do controle sobre a venda de armas de fogo Foto: Reuters
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Nascido em setembro de 1998, Cruz (centro) havia publicado nas redes sociais mensagens "muito alarmantes", indicou o xerife Scott Israel Foto: AFP PHOTO / AFP TV / Miguel GUTTIEREZ
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Um dia antes do ataque, o jovem (foto) postou um vídeo em uma rede social afirmando que "coisas ruins vão acontecer amanhã" (quarta-feira) Foto: Broward County Sheriff/Handout via REUTERS
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Um estudante entrevistado pela emissora local WSVN-7 explicou que o jovem era "um menino com problemas" que possuía armas em casa e falava em usá-las.... Foto: Instagram via APMais
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Outro estudante entrevistado pela emissora WJXT afirmou que era previsível que Cruz cometesse um ataque.A foto foi postada pelo agressorem sua conta n... Foto: Instagram via APMais
"Não quero pensar que a cada vez que estou sentada na aula eu posso ser a próxima vítima", disse uma das estudantes, enquanto outra acrescentava que "nenhum garoto tem porque ter armas de assalto na escola".
Com as atenções voltadas para uma marcha nacional prevista para o dia 24 de março em Washington, os estudantes do movimento "Never Again" (Nunca mais) partiram em dois ônibus da cidade de Coral Springs, vizinha de Parkland, para Tallahassee.
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"No dia seguinte do ataque estava sentado em casa e não me sentia útil. Por isso vir aqui e começar a marchar está nos ajudando muito neste processo", declarou Chris Grady, de 19 anos.
O jovem ativista disse que espera que Trump se ponha ao lado deles. "Só esperamos que nos escute e tome alguma ação a respeito", afirmou.
Após uma viagem de oito horas, a comitiva pretende se reunir nesta quarta-feira, 21, com legisladores estaduais para pressioná-los a se comprometer com leis "de senso comum para a segurança".
Com esta missão, o movimento nacional "Never Again" continua ganhando adeptos em nível nacional, entre eles o ator George Clooney e sua mulher Amal, que doaram US$ 500 mil para "esta incrível geração de jovens de todo o país".
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Nos ônibus, além de alguns pais, viajaram também quatro sobreviventes do ataque que em junho de 2016 deixou 49 mortos na boate Pulse em Orlando, no centro da Flórida. "Viemos para abraçar estes sobreviventes e lhes dizer que a vida continua. Iremos à capital para poder mudar já as leis e frear esta violência", declarou India Godman. / EFE