EUA apresentam projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU sobre acordo de Gaza

Texto apoia o plano de três fases anunciado por Joe Biden no dia 31 de maio, que começaria com um cessar-fogo de seis semanas e a libertação de reféns

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Por Redação

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira, 3, a tramitação no Conselho de Segurança da ONU de um projeto de resolução em apoio ao acordo de cessar-fogo em Gaza, apresentado pelo presidente Joe Biden na última sexta-feira, 31. A proposta de três fases começaria com um cessar-fogo de seis semanas e a libertação de alguns reféns, levando ao fim da guerra de quase oito meses e à reconstrução.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que os EUA circularam a proposta de resolução nesta segunda-feira para os outros 14 membros do Conselho. O texto preliminar “acolhe o novo acordo anunciado em 31 de maio e pede ao Hamas que o aceite plenamente e implemente seus termos sem demora e sem condições”. Nenhuma votação do projeto de resolução está planejada neste momento.

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Linda declarou que “muitos líderes e governos” apoiaram o plano e pediu ao Conselho “para se juntar a eles sem demora e sem outras condições”. “O Conselho de Segurança deve insistir para que o Hamas aceite este pacto”, sublinhou, acrescentando que os membros já concordaram nos seus pontos principais: a libertação dos reféns, o cessar-fogo, o aumento da ajuda humanitária e a solução a longo prazo reconstrução de Gaza.

O texto ainda diz que sua aplicação “rápida” permitiria “um cessar-fogo, a retirada das forças israelenses das zonas povoadas de Gaza, a libertação dos reféns, um aumento da ajuda humanitária, o restabelecimento dos serviços e a volta dos civis palestinos ao norte de Gaza”.

Soldados israelenses trabalham em um tanque em uma área de preparação perto da fronteira entre Israel e Gaza, no sul de Israel. Foto: Leo Correa/AP

Na última sexta-feira, 31, o presidente dos EUA apresentou o que descreveu como um plano israelense de três fases para acabar com a guerra. No entanto, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, reagiu declarando que Israel estava determinado a continuar o conflito até que o grupo terrorista Hamas fosse eliminado. Nesta segunda-feira, Biden indicou que a adoção do plano dependia agora exclusivamente do Hamas.

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Desde o ataque sem precedentes de 7 de outubro e a retaliação israelense em Gaza, o Conselho de Segurança tem lutado para encontrar consenso. Após duas resoluções centradas principalmente na ajuda humanitária, no fim de março exigiu finalmente um “cessar-fogo imediato” durante o Ramadã, um apelo bloqueado anteriormente diversas vezes pelos Estados Unidos, que na ocasião se abstiveram../AFP.

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