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Biden diz que os EUA “estão prontos para tomar outras medidas” após os ataques na Síria

Ataques tinham como objetivo interromper as capacidades operacionais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã e “dissuadir futuros ataques”

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Por Redação
Atualização:

Em uma carta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, notificou oficialmente o Congresso que as forças militares americanas haviam realizado ataques na Síria contra “instalações usadas pelo IRGC [Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana] e grupos afiliados ao IRGC para comando e controle, armazenamento de munições e outros fins”.

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As autoridades norte-americanas já haviam informado os repórteres sobre os ataques, que, segundo eles, foram em resposta a ataques à base de al-Tanf, na Síria. O Pentágono informou na quinta-feira que as bases que abrigam pessoal dos EUA foram atacadas quatro vezes na Síria e 12 vezes no Iraque na última semana.

“Os Estados Unidos estão prontos para tomar outras medidas, conforme necessário e apropriado, para lidar com outras ameaças ou ataques”, dizia a carta de Biden.

O posto militar de al-Tanf no sul da Síria é visto em 22 de outubro de 2018. O Pentágono diz que os militares dos EUA lançaram ataques aéreos no início de 27 de outubro de 2023 em dois locais no leste da Síria ligados ao Corpo da Guarda Revolucionária do Irã. Foto: Lolita Baldor / AP

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira, 27, que seus ataques na Síria da quinta-feira atingiram depósitos de munição de milícias ligadas ao Irã, afirmando que a operação teve um impacto “significativo” sobre as capacidades de ataque de grupos próximos a Teerã na região.

Os ataques “atingiram diretamente instalações de armazenamento e depósitos de munição que sabemos que seriam usados para apoiar grupos de milícias, particularmente na Síria”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.

“O objetivo principal era interromper” as capacidades operacionais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã e de grupos afiliados, “e também dissuadir e prevenir futuros ataques”, acrescentou.

Desde 17 de outubro, as tropas norte-americanas e seus aliados na Síria e no Iraque foram alvos de pelo menos 14 ataques, informou o Pentágono, acrescentando que 21 soldados ficaram levemente feridos e um contratado do exército morreu de ataque cardíaco enquanto se protegia.

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Os ataques americanos de quinta-feira são os primeiros contra os interesses iranianos desde março e foram realizados principalmente para proteger o pessoal militar dos EUA, de acordo com o Pentágono.

O Ministério da Defesa dos EUA disse na noite de sexta-feira que a primeira avaliação é de que não houve vítimas.

Ao mesmo tempo, o exército americano abateu um drone de ataque no Iraque, perto de uma das bases militares que abrigam centenas de suas tropas no país, disse à AFP um alto funcionário da defesa americana.

Grupos armados próximos ao Irã ameaçaram atacar as bases dos EUA no Oriente Médio devido ao apoio de Washington a Israel em sua guerra contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Os EUA têm cerca de 900 soldados na Síria e cerca de 2.500 no Iraque, lutando contra o grupo Estado Islâmico (EI). /AFP

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