Em uma carta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, notificou oficialmente o Congresso que as forças militares americanas haviam realizado ataques na Síria contra “instalações usadas pelo IRGC [Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana] e grupos afiliados ao IRGC para comando e controle, armazenamento de munições e outros fins”.
As autoridades norte-americanas já haviam informado os repórteres sobre os ataques, que, segundo eles, foram em resposta a ataques à base de al-Tanf, na Síria. O Pentágono informou na quinta-feira que as bases que abrigam pessoal dos EUA foram atacadas quatro vezes na Síria e 12 vezes no Iraque na última semana.
“Os Estados Unidos estão prontos para tomar outras medidas, conforme necessário e apropriado, para lidar com outras ameaças ou ataques”, dizia a carta de Biden.
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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira, 27, que seus ataques na Síria da quinta-feira atingiram depósitos de munição de milícias ligadas ao Irã, afirmando que a operação teve um impacto “significativo” sobre as capacidades de ataque de grupos próximos a Teerã na região.
Os ataques “atingiram diretamente instalações de armazenamento e depósitos de munição que sabemos que seriam usados para apoiar grupos de milícias, particularmente na Síria”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
“O objetivo principal era interromper” as capacidades operacionais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã e de grupos afiliados, “e também dissuadir e prevenir futuros ataques”, acrescentou.
Desde 17 de outubro, as tropas norte-americanas e seus aliados na Síria e no Iraque foram alvos de pelo menos 14 ataques, informou o Pentágono, acrescentando que 21 soldados ficaram levemente feridos e um contratado do exército morreu de ataque cardíaco enquanto se protegia.
Os ataques americanos de quinta-feira são os primeiros contra os interesses iranianos desde março e foram realizados principalmente para proteger o pessoal militar dos EUA, de acordo com o Pentágono.
O Ministério da Defesa dos EUA disse na noite de sexta-feira que a primeira avaliação é de que não houve vítimas.
Ao mesmo tempo, o exército americano abateu um drone de ataque no Iraque, perto de uma das bases militares que abrigam centenas de suas tropas no país, disse à AFP um alto funcionário da defesa americana.
Grupos armados próximos ao Irã ameaçaram atacar as bases dos EUA no Oriente Médio devido ao apoio de Washington a Israel em sua guerra contra o grupo islâmico palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
Os EUA têm cerca de 900 soldados na Síria e cerca de 2.500 no Iraque, lutando contra o grupo Estado Islâmico (EI). /AFP