O governo americano anunciou nesta quarta-feira medidas para impedir a arrecadação de fundos para o Hezbollah na chamada Tríplice Fronteira - divisa entre Brasil, Argentina e Paraguai. A medida do Departamento do Tesouro se aplica a nove pessoas e a duas entidades: um centro comercial e uma empresa de artigos eletrônicos, ambos no Paraguai. A ordem proíbe qualquer transação com essas entidades e congela suas contas bancárias e seus ativos financeiros nos Estados Unidos. O Departamento do Tesouro alega que essas empresas facilitam o apoio logístico e financeiro ao Hezbollah, o grupo guerrilheiro libanês que é considerado por vários países como uma entidade terrorista e sobre o qual recaem suspeitas de participar de ataques terroristas em escala mundial. Em particular, o departamento informou que as pessoas listadas deram assistência financeira e de outros tipos a Assad Ahmad Barakat, que há vários anos foi incluído pelo governo americano em sua lista de contas congeladas por apoiar o Hezbollah. "A rede de Assad Ahmad Karakat na zona da tríplice fronteira é uma fonte financeira importante para o Hezbollah no Líbano", disse Adam Szubin, diretor responsável por ativos estrangeiros no Departamento do Tesouro. Entre os envolvidos, o departamento destaca Muhammad Yusif Abdallah, indicado como líder do Hezbollah na Tríplice Fronteira. As duas empresas listadas pelo departamento são a Galeria Page (em Ciudad del Leste) e a Casa Hamze.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.