EUA declaram que prisão de jornalista na Rússia foi ‘arbitrária’

Medida permite ao governo ativar protocolos para desenvolver uma estratégia para garantir a libertação de Evan Gershkovich

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Por Redação

WASHINGTON - Os Estados Unidos declararam nesta segunda-feira, 10, a prisão na Rússia do jornalista americano Evan Gershkovich como “arbitrária”, o que permite que a Casa Branca redobre os esforços para garantir a libertação dele.

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O correspondente do The Wall Street Journal foi preso no dia 30 de março em Ecaterimburgo e acusado pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) de espionagem, uma acusação pela qual ele pode pegar até 20 anos de prisão.

“Determinei que a Federação Russa deteve Evan Gershkovich arbitrariamente”, anunciou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em redes sociais. A reação do Departamento de Estado é excepcionalmente rápida e indica a seriedade com a qual Washington trata o caso. É a primeira vez que Moscou acusa de espionagem um jornalista americano desde a era soviética.

O repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich é conduzido por policiais após sua prisão na Rússia Foto: Alexander Zemlianichenko/AP - 30/3/2023

Na mesma mensagem, o chefe da diplomacia americana exigiu a “libertação imediata” do jornalista e ex-fuzileiro naval Paul Whelan, preso na Rússia desde 2018 também sob a acusação de espionagem.

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Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, explicou que, com este anúncio, “o governo dos EUA dará todo o apoio necessário ao sr. Gershkovich e sua família”.

“O jornalismo não é um crime. Condenamos a repressão contínua do Kremlin às vozes independentes na Rússia e sua guerra contra a verdade”, disse Patel.

Quando o Departamento de Estado lista a prisão de um americano no exterior como arbitrária, protocolos são ativados dentro do governo para desenvolver uma estratégia para garantir sua libertação.

No dia da prisão de Gershkovich, os EUA convocaram o embaixador russo no país, Anatoli Antonov, para dar explicações, e Blinken telefonou para o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, no dia 2 de abril, para exigir sua libertação./EFE e AFP

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