EUA detectam e monitoram balão de origem desconhecida perto do Havaí

Porta-voz do Pentágono afirma que dispositivo não passou ‘diretamente’ por nenhuma infraestrutura de defesa ‘crítica’ ou por qualquer local delicado do governo

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

WASHINGTON - As Forças Armadas dos Estados Unidos detectaram um novo balão, de procedência desconhecida, sobrevoando a costa do Havaí, embora tenham dito nesta segunda-feira, 1º, que não há indícios de que seja operado ou controlado por “atores estrangeiros ou rivais”.

PUBLICIDADE

Um porta-voz do Pentágono disse à agência de notícias EFE que o Departamento de Defesa e a Administração Federal de Aviação (FAA) “detectaram e observaram” na última sexta-feira um balão “não tripulado” perto do Havaí, a uma altitude de 10.972,8 metros.

“Embora voasse em uma altitude usada pela aviação civil, não representava nenhum perigo para a aviação no Havaí”, disse a fonte.

Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin; recomendação dos militares é de não tomar nenhuma atitude contra o balão Foto: Michael Reynolds/EFE - 27/4/2023

O porta-voz afirmou que o dispositivo não passou “diretamente” por nenhuma infraestrutura de defesa “crítica” ou por qualquer local “delicado” do governo.

Publicidade

Ele destacou que, com base nas informações obtidas pela observação do aparelho, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, acatou a recomendação dos comandantes das Forças Armadas de que “não era necessário tomar nenhuma atitude contra o balão”.

A aeronave está agora fora do espaço aéreo e das águas territoriais do Havaí, embora continue a ser monitorada em cooperação com a FAA.

No fim de janeiro, um balão “espião” chinês pairou sobre os EUA continental até ser abatido pela Força Aérea dos EUA sobre as águas do Atlântico em 4 de fevereiro.

O dispositivo sobrevoou durante dias várias áreas do país, como o Estado de Montana (noroeste), onde está localizado um dos três campos de silos de mísseis nucleares existentes nos EUA.

Publicidade

Este evento aumentou a tensão entre os EUA e a China. Pequim admitiu que o balão era seu, mas argumentou em sua defesa que havia sido perdido e que era usado para fins meteorológicos, não de espionagem.

De acordo com documentos vazados do Pentágono, publicados pelo Washington Post, o governo dos EUA detectou pelo menos três outros balões “espiões” chineses além do que detectou no fim de janeiro. Um deles sobrevoou um grupo de porta-aviões e o outro caiu no Mar da China Meridional./EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.