WASHINGTON - As Forças Armadas dos Estados Unidos detectaram um novo balão, de procedência desconhecida, sobrevoando a costa do Havaí, embora tenham dito nesta segunda-feira, 1º, que não há indícios de que seja operado ou controlado por “atores estrangeiros ou rivais”.
Um porta-voz do Pentágono disse à agência de notícias EFE que o Departamento de Defesa e a Administração Federal de Aviação (FAA) “detectaram e observaram” na última sexta-feira um balão “não tripulado” perto do Havaí, a uma altitude de 10.972,8 metros.
“Embora voasse em uma altitude usada pela aviação civil, não representava nenhum perigo para a aviação no Havaí”, disse a fonte.
O porta-voz afirmou que o dispositivo não passou “diretamente” por nenhuma infraestrutura de defesa “crítica” ou por qualquer local “delicado” do governo.
Ele destacou que, com base nas informações obtidas pela observação do aparelho, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, acatou a recomendação dos comandantes das Forças Armadas de que “não era necessário tomar nenhuma atitude contra o balão”.
A aeronave está agora fora do espaço aéreo e das águas territoriais do Havaí, embora continue a ser monitorada em cooperação com a FAA.
No fim de janeiro, um balão “espião” chinês pairou sobre os EUA continental até ser abatido pela Força Aérea dos EUA sobre as águas do Atlântico em 4 de fevereiro.
O dispositivo sobrevoou durante dias várias áreas do país, como o Estado de Montana (noroeste), onde está localizado um dos três campos de silos de mísseis nucleares existentes nos EUA.
Este evento aumentou a tensão entre os EUA e a China. Pequim admitiu que o balão era seu, mas argumentou em sua defesa que havia sido perdido e que era usado para fins meteorológicos, não de espionagem.
De acordo com documentos vazados do Pentágono, publicados pelo Washington Post, o governo dos EUA detectou pelo menos três outros balões “espiões” chineses além do que detectou no fim de janeiro. Um deles sobrevoou um grupo de porta-aviões e o outro caiu no Mar da China Meridional./EFE
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