EUA detectam plano iraniano para matar Trump, sem relação com atentado no comício

Ameaça levou o Serviço Secreto americano a reforçar a segurança do ex-presidente antes do ataque a tiros que o atingiu de raspão

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Por Redação

Os serviços de inteligência dos Estados Unidos detectaram recentemente um plano do Irã para matar o ex-presidente Donald Trump. A ameaça, aparentemente sem relação com o atentado sofrido pelo líder republicano no fim de semana, levou o Serviço Secreto americano a reforçar a segurança do líder republicano antes do ataque a tiros que o atingiu de raspão na orelha.

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O plano iraniano foi revelado por autoridades americanas que falaram sob condição de anonimato. Após ser informado sobre a ameaça, o governo Joe Biden alertou o Serviço Secreto, compartilhando detalhes com o responsável pela proteção do ex-presidente e com a campanha de Donald Trump.

As medidas adicionais de segurança, contudo, não impediram que Thomas Matthew Crooks abrisse fogo no comício do republicano na Pensilvânia. O ataque a tiros atingiu o ex-presidente de raspão na orelha, matou um de seus apoiadores e deixou outros dois feridos.

Ex-presidente Donald Trump na Convenção Nacional Republicana com curativo na orelha após atentado.  Foto: Charles Rex Arbogast/Associated Press

O complô de Teerã decorre do desejo de vingança pela morte do general Qassim Suleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irã, considerado terrorista pelos Estados Unidos. O bombardeio que matou Sumeimani no aeroporto de Bagdá, em 2020, foi ordenado por Trump, na época, residente dos EUA.

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“Como já dissemos várias vezes, estamos monitorando as ameaças iranianas contra ex-funcionários do governo Trump há anos, desde o último governo”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson. “Essas ameaças surgem do desejo do Irã de buscar vingança pela morte de Qassim Suleimani. Consideramos isso uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade.”

Watson enfatizou na nota que o complô iraniano é separado do atentado ao comício. “A investigação da tentativa de assassinato do ex-presidente Trump no sábado está em andamento”, disse. “Neste ponto, a investigação não identificou vínculos entre o atirador e qualquer cúmplice ou co-conspirador, estrangeiro ou nacional.”

A representação iraniana nos Estados Unidos negou o que chamou de acusações infundadas e tendenciosas, reportou a ABC News. “Do ponto de vista da República Islâmica do Irã, Trump é um criminoso que deve ser julgado e punido no tribunal por ordenar o assassinato do general Suleimani”, disse à emissora americana./AP e NY Times

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