A águia-careca, também conhecida como águia-de-cabeça-branca, águia-americana ou pigargo-americano, recebeu esta semana um título que muitos talvez já presumissem que ela tinha: o de ave nacional dos Estados Unidos. Por séculos, a águia-careca tem sido um símbolo onipresente do país, quase tão reconhecível quanto a bandeira americana.
A ave, com seu bico amarelo brilhante, grande envergadura de asas e olhos penetrantes, aparece no centro do Grande Selo dos Estados Unidos desde 1782, para desgosto de Benjamin Franklin, que a considerava “uma ave de caráter moral ruim”. Ela também foi representada em selos postais, moedas de 25 centavos e nos emblemas da maioria das forças armadas.
No entanto, até esta semana, a águia-careca era oficialmente apenas considerada o emblema nacional. Uma lei aprovada pelo Congresso e assinada pelo presidente Joe Biden na terça-feira declarou oficialmente a Haliaeetus leucocephalus, nome científico da águia-careca, como ave nacional.
A lei, apresentada pela senadora Amy Klobuchar e pelo deputado Brad Finstad, ambos de Minnesota, afirma que a águia-careca é “um símbolo histórico dos Estados Unidos, representando independência, força e liberdade”.
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“A Águia pousou”
A ave evoluiu para se tornar um ícone cultural, representando times esportivos, marcas de roupas americanas e sendo mencionada em falas de filmes e letras de músicas patrióticas. Durante a missão Apollo 11, a espaçonave que pousou na Lua foi identificada com a ave, quando o astronauta Neil Armstrong anunciou: “A Águia pousou”.
Com a assinatura da lei, a águia-careca agora está no mesmo patamar que o bisão, declarado mamífero nacional em 2016, e o carvalho, que se tornou a árvore nacional em 2004.
A águia-careca já foi uma espécie ameaçada de extinção nos Estados Unidos até 1995 e foi posteriormente removida da lista de espécies ameaçadas em 2007. Em 1940, quando as populações da ave estavam diminuindo, o Congresso tornou ilegal matar, vender ou possuir águias-carecas, uma proibição que permanece em vigor até hoje. Também é ilegal prejudicar uma águia-careca, seu ninho ou seus ovos.
As leis de proteção e a designação como espécie ameaçada, além da proibição do pesticida DDT em 1972, ajudaram as populações de águias-carecas a prosperar.
As águias-carecas são nativas da América do Norte e podem ser encontradas em quase todos os estados, embora sejam mais numerosas no Alasca, de acordo com o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA. Em 2019, a agência estimou que havia mais de 315.000 águias-carecas nos Estados Unidos continentais, quatro vezes a população registrada apenas uma década antes.
c.2024 The New York Times Company
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