EUA dizem que forças russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia

Segundo secretário de Estado, avaliação é baseada em parte na inteligência americana e apontou para o sofrimento de civis em Mariupol

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Por Redação
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O governo dos EUA determinou que membros das forças armadas da Rússia cometeram crimes de guerra na Ucrânia, disse o secretário de Estado Antony Blinken nesta quarta-feira, 23, ao mesmo tempo em que o presidente americano, Joe Biden, chegou à Europa para reuniões diplomáticas.

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Blinken disse que a avaliação é baseada em parte na inteligência dos EUA e apontou para o sofrimento de civis em Mariupol, uma importante cidade portuária que as forças russas isolaram no início de sua invasão e depois bombardearam.

Biden está em Bruxelas, sua primeira parada em uma viagem destinada a fortalecer as alianças ocidentais. O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse que novas sanções contra líderes políticos e oligarcas russos serão anunciadas na quinta-feira, enquanto o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que mais tropas serão enviadas à Bulgária, Hungria, Romênia e Eslováquia.

Corpo de ucraniano morto por ataque russo ao tentar fugir de Irpin Foto: Oleksandr Ratushiniak/EFE

Na semana passada, Biden disse que o presidente russo, Vladimir Putin, era “um criminoso de guerra” por atacar a Ucrânia, o que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia ter se tratado de uma declaração “indigna de um estadista de tão alto escalão”.

Moscou ainda não conquistou nenhuma das maiores cidades da Ucrânia após sua invasão que começou em 24 de fevereiro, o maior ataque a um estado europeu desde a 2ª Guerra. Putin chama sua ofensiva de “operação militar especial” para desmilitarizar e “desnazificar” o país.

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Acredita-se que as baixas civis sejam de milhares, enquanto as Nações Unidas estimam que mais de 3,5 milhões de pessoas fugiram.

Investigadores do Tribunal Penal Internacional começaram, no início deste mês, a investigar possíveis crimes de guerra na Ucrânia. Washington disse que saudou a decisão, embora não tenha deveres de cooperação, já que não é membro do tribunal.

Beth Van Schaack, embaixadora-geral da Justiça Criminal Global no Departamento de Estado, disse que Washington está analisando a ampla gama de atividades nas quais as forças russas estão envolvidas na Ucrânia. A destruição de um teatro em Mariupol na semana passada “parece ter sido um ataque direto a um civil (alvo)”, disse ela.

“O local estava claramente marcado com a palavra ‘crianças’... Não é um objetivo militar”, disse ela em uma declaração no Departamento de Estado.

A Rússia negou ter bombardeado o teatro. Van Schaack disse que evidências como inteligência de sinais e dados de pessoas de dentro da Rússia podem ser usadas pelos tribunais para mostrar que civis foram alvejados intencionalmente.

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Tal evidência estava sendo preservada para esse propósito, disse ela. Especialistas jurídicos dizem que um processo contra Putin ou outros líderes russos enfrentaria grandes obstáculos e poderia levar anos./ W.POST e REUTERS

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