EUA e aliados da Otan anunciam envio de sistemas de defesa aérea para Ucrânia

Kiev tem repetidamente feito apelos públicos por mais recursos de defesa aérea, alegando que a Rússia está disparando 3 mil bombas por mês; pacote inclui baterias adicionais e munições

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Por Redação

Os Estados Unidos e uma série de outros aliados da Otan enviarão à Ucrânia dezenas de sistemas de defesa aérea nos próximos meses, incluindo pelo menos quatro sistemas Patriot que Kiev tem buscado desesperadamente para ajudar a combater os avanços russos na guerra, de acordo com um novo acordo conjunto.

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“Hoje, estou anunciando uma doação histórica de equipamentos de defesa aérea para a Ucrânia”, disse o presidente americano Joe Biden nesta terça-feira, 9, na abertura da cúpula da Otan em Washington. “Os Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Romênia e Itália fornecerão à Ucrânia os equipamentos para cinco sistemas estratégicos adicionais de defesa aérea”, disse.

De acordo com a declaração conjunta divulgada nesta terça-feira, os Estados Unidos, Alemanha e Romênia enviarão baterias adicionais de Patriot à Ucrânia, enquanto a Holanda e outros fornecerão componentes Patriot para compor mais uma bateria. A Itália fornecerá um sistema de defesa aérea SAMP-T.

Outros aliados, incluindo Canadá, Noruega, Espanha e Reino Unido, fornecerão vários outros sistemas que ajudarão a Ucrânia a expandir sua cobertura. Esses sistemas incluem NASAMS, HAWKs, IRIS T-SLM, IRIS T-SLS e Gepards. E outras nações concordaram em fornecer munições para esses sistemas.

Na abertura da cúpula da Otan, tanto Biden quanto o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, falaram sobre a importância da aliança e a necessidade de se unir em apoio à Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, quer nada menos do que “apagar a Ucrânia do mapa”, disse Biden. “E sabemos que Putin não vai parar na Ucrânia. Mas não se engane, a Ucrânia pode e irá deter Putin.”

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O presidente ucraniano Volodmir Zelenski, em uma postagem nas redes sociais nesta terça-feira, deixou claro que a defesa aérea ainda é a principal demanda de seu país. Ele tem repetidamente feito apelos públicos por mais sistemas Patriot.

“Estamos lutando por mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, e estou confiante de que teremos sucesso”, disse. “Também estamos nos esforçando para garantir mais aeronaves, incluindo F-16s. Além disso, estamos pressionando por maiores garantias de segurança para a Ucrânia, incluindo armas, ajuda financeira e apoio político.”

Envio de pacote de equipamentos de defesa aérea para a Ucrânia pelos EUA e países da Otan foi anunciado por Biden na abertura da cúpula da Otan em Washington.  Foto: Evan Vucci/AP

No início deste ano, ele disse que a Ucrânia precisa urgentemente de sete baterias adicionais de Patriot para repelir os ataques russos contra a rede elétrica, o exército e áreas civis usando bombas planadoras destrutivas. Os sistemas Patriot, disse Zelenski, ajudariam a impedir que aeronaves russas voassem perto o suficiente para lançar as bombas planadoras em civis e infraestrutura crítica. Ele disse que a Rússia estava disparando 3 mil bombas em seu país a cada mês.

O compromisso com novos sistemas de defesa aérea chega no momento em que a Rússia continua seu bombardeio incessante contra a Ucrânia, incluindo uma barragem maciça que atingiu um hospital infantil em Kiev na segunda-feira, 8, e matou pelo menos 42 pessoas. Na terça-feira, Zelenski pediu “ações decisivas” dos Estados Unidos e da Europa para fortalecer suas tropas e prometeu fazer todo o possível para derrotar a Rússia.

Os Estados Unidos já enviaram à Ucrânia dois sistemas de mísseis Patriot – um no final do ano passado e, segundo autoridades dos EUA, outro no mês passado. E o principal órgão de defesa da Romênia disse no final do mês passado que o país doaria um sistema de mísseis Patriot para a vizinha Ucrânia.

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Vários aliados europeus têm relutado em se desfazer de seus sistemas de defesa aérea, pois também temem possíveis ameaças da Rússia. O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, há dois anos criou uma coalizão de mais de 50 países para ajudar a reunir e coordenar contribuições de armas e treinamento para a Ucrânia./Associated Press.

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