WASHINGTON — Os EUA vão retomar a repatriação direta de venezuelanos ao seu país, depois que o governo do presidente Nicolás Maduro aceitou a retomada das deportações. A prática estava congelada há anos e foi retomada para dissuadir a migração rumo à fronteira sul americana, anunciaram as autoridades ontem.
A Venezuela concordou em receber cidadãos que sejam deportados dos EUA, algo que não era possível até agora, uma vez que Washington e Caracas romperam relações diplomáticas em 2019 e o país sul-americano está sujeito a fortes sanções econômicas.
Os EUA não entraram em detalhes sobre como conseguiram que a Venezuela concordasse com os voos de deportação novamente.
As autoridades americanas se limitaram a declarar que há muito tempo pedem à gestão Maduro para “receber os seus cidadãos”.
O Departamento de Estado afirmou que a decisão foi tomada após uma discussão de alto nível na quarta-feira, na Cidade do México, entre os governos dos EUA, México, Colômbia e Panamá sobre como abordar a migração irregular na região.
As autoridades americanas não podiam, até então, deportar para a Venezuela os venezuelanos que não preenchiam os requisitos para permanecer legalmente nos EUA.
No entanto, no âmbito de um acordo com o México, os EUA tinham a possibilidade de fazer retornar um determinado número de venezuelanos por mês pela fronteira sul. Esta prática ainda não será banida. EFE
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