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EUA e Reino Unido anunciam novas sanções contra os programas de drones e mísseis do Irã após ataques

Medidas têm o objetivo de diminuir capacidade do Irã de produzir armas e convencer Israel a não responder ataque de forma bélica; Israel diz que vai responder independente de pressões externas

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON – Os Estados Unidos e o Reino Unido anunciaram novas sanções nesta quinta-feira, 18, contra os programas de drones e mísseis do Irã em resposta ao ataque contra Israel no dia 14. Em paralelo, os dois países tentam convencer as autoridades israelenses de não retaliar o Irã de forma exagerada para não desencadear uma guerra maior no Oriente Médio.

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Segundo a Casa Branca, as sanções foram impostas contra líderes militares iranianos e fabricantes de armas com o intuito de diminuir a capacidade do Irã de produzir drones. Os alvos tiveram as transações financeiras internacionais cortadas. Exportações da indústria siderúrgica iraniana, que resultam em bilhões de dólares para Teerã, também podem ser bloqueadas em breve, disseram autoridades americanas.

O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que as sanções “degradariam ainda mais as indústrias militares do Irã”. “Que fique claro para todos aqueles que permitem ou apoiam os ataques do Irã: os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel”, declarou.

Imagem de outubro de 2023 mostra o presidente dos EUA, Joe Biden, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. EUA afirmaram que vão apoiar segurança de Israel Foto: Kenny Holston / NYT

Por sua vez, o Reino Unido informou que sete indivíduos e sete entidades ligadas à atividade militar do Irã e ao ataque contra Israel foram sancionadas. “Estas sanções anunciadas com os EUA mostram que condenamos inequivocamente este comportamento (do Irã) e limitarão ainda mais a capacidade do Irão de desestabilizar a região”, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em comunicado.

O Conselho Europeu também deve anunciar novas sanções da União Europeia aos programas de drones e mísseis do Irã na intenção de isolar o país.

Essas medidas fazem parte de um esforço coordenado do Ocidente de punir o Irã ao mesmo tempo que tentam convencer Israel a não retaliar de forma que o conflito no Oriente Médio se torne ainda maior. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, no entanto, tem afirmado que as pressões externas não serão consideradas na resposta israelense. “Tomaremos nossas próprias decisões”, disse nesta quarta-feira.

O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, agradeceu o anúncio das novas sanções. “Esta é a nossa oportunidade de formar uma frente global e uma coligação regional contra o Irã, junto com os EUA, a UE e os Estados árabes moderados para deter a cabeça da serpente que ameaça a estabilidade global”, disse nas redes sociais. “Devemos deter o Irã agora, antes que seja tarde demais”.

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Existem dúvidas, no entanto, se as sanções serão eficazes para degradar o programa militar do Irã. Medidas anteriores falharam neste sentido, e o Irã continuou se fortalecendo no campo militar nos últimos anos.

No ano passado, por exemplo, os EUA aplicaram sanções semelhantes ao programa iraniano de drones com a intenção de frustrar a capacidade de produção do mesmo tipo de armas que foram utilizadas contra Israel no último ataque. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a afirmar na época que as sanções tinham o intuito de enfrentar “um dos maiores desafios à paz e segurança internacionais”.

O ataque do sábado, no entanto, demonstra que os militares iranianos encontraram formas de contornar as sanções.

Na declaração desta quinta-feira, Biden reconheceu o histórico de sanções e prometeu continuar a aumentar a pressão sobre o Irã. “Durante o meu governo, os EUA sancionaram mais de 600 indivíduos e entidades, incluindo o Irã e os seus representantes, o Hamas, o Hezbollah, os Houthis e o Kataib Hezbollah”, disse.

Enquanto isso, o gabinete de guerra de Israel continua analisando como responder ao ataque – que foi uma retaliação iraniana ao ataque israelense contra a embaixada do Irã na Síria no dia 1.º –, e Teerã afirma que vai retaliar qualquer agressão.

O comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Ahmad Haghtalab, encarregado de proteger as instalações nucleares do Irã, ameaçou atacar instalações nucleares de Israel caso a resposta israelense mire as do Irã. “As mãos estão no gatilho”, disse, de acordo com a mídia estatal iraniana. /NYT

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