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EUA e Reino Unido assinam tratado para proteger destroços do Titanic

Submarinos utilizados por caçadores de recompensas e turistas têm danificado o que resta do navio

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Por Redação
Atualização:

Os destroços do Titanic, no fundo do mar desde seu naufrágio em 1912, serão protegidos de turistas e exploradores por um tratado entre Estados Unidos e Reino Unido que entrou em vigor nesta terça-feira, 21, informou o governo britânico.

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"Este acordo crucial com os Estados Unidos para preservar os destroços significa que agora o local onde 1.500 pessoas descansam será tratado com sensibilidade e respeito", disse a secretária de Estado dos Transportes Marítimos, Nusrat Ghani, em um comunicado.

Assinado em 2003 pelo Reino Unido, o tratado entra agora em vigor, após ser ratificado em novembro pelos Estados Unidos. O acordo permite que os dois países "concedam ou recusem licenças para entrar ou remover objetos dos destroços", acrescenta a nota.

Submarino russo procura destroços do Titanic no Oceano Atlântico, em agosto de 2007 Foto: Reuters

Até então, o Titanic, que está em águas internacionais, era protegido apenas pela Convenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático.

O gigantesco transatlântico, que partiu de Southampton, no sul da Inglaterra, em 10 de abril de 1912 com destino a Nova York, era o maior do mundo na época de seu lançamento. Afundou após atingir um iceberg cinco dias depois. Dos 2.224 passageiros e tripulantes, quase 1.500 morreram na tragédia.

Desde a descoberta, em 1985, dos destroços em águas internacionais do Oceano Atlântico, a 650 quilômetros da costa canadense e a 4 mil metros de profundidade, ele foi visitado por inúmeros caçadores de tesouros e turistas.

Jóias recuperadas do Titanic são exibidas antes de leilão em Nova York, em 2012 Foto: Brendan McDermid/Reuters

Após uma expedição em 2012, um grupo de cientistas observou "danos recentes ao casco do Titanic" causados pelos submarinos usados para visitá-lo. Eles também alertaram sobre "quantidades perturbadoras de resíduos e detritos jogados por navios na superfície, ou abandonados perto dos destroços".

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Em um relatório, a Organização Marítima Internacional expressou sua preocupação com "os impactos já visíveis, que desonram esse local de descanso" dos mortos no acidente. /AFP 

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