O Departamento de Estado norte-americano manifestou satisfação pela nomeação do vice-presidente colombiano, Gustavo Bell, como novo ministro da Defesa, qualificando-a como um claro indício do compromisso assumido pelo governo de Bogotá em relação aos direitos humanos. Bell, que vinha exercendo a função de assessor em Assuntos de Direitos Humanos do presidente Andrés Pastrana, foi designado nesta quarta-feira para o novo cargo, no mesmo dia em que as Forças Armadas colombianas receberam duras críticas da Anistia Internacional por suas violações aos direitos humanos e seu apoio aos grupos paramilitares. O diretor da Anistia Internacional para a América Latina, Andrew Miller, disse que a chegada de Bell ao ministério da Defesa não representa "nenhuma esperança de que as coisas vão melhorar". Já o porta-voz do Departamento de Estado declarou que Washington espera que Bell "trabalhe intensamente" para pôr fim ao conluio entre os militares e os grupos paramilitares, considerados os maiores perpetradores de violações na Colômbia. O porta-voz Richard Boucher também elogiou o anterior ministro da Defesa, Luis Fernando Ramírez - que deixou o cargo para se candidatar às eleições do próximo ano -, por seu trabalho de "incentivar o profissionalismo e a responsabilidade das Forças Armadas colombianas". Boucher afirmou ainda que os militares colombianos tiveram êxitos em sua luta recente contra os grupos paramilitares.
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