EUA: homem é acusado de recrutar policial para se vestir de Papai Noel e envenenar crianças judias

O suspeito, Michail Chkhikvishvili, natural da Geórgia, seria líder do grupo neonazista Culto Assassino Maníaco

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Foto do author Marcos Furtado

Autoridades dos Estados Unidos acusaram um homem na última terça-feira, 16, de planejar que um policial se disfarçasse de Papai Noel para distribuir doces envenenados a crianças judias no Brooklyn, em Nova York. O suspeito, Michail Chkhikvishvili, natural da Geórgia, seria líder do grupo neonazista Culto Assassino Maníaco.

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Segundo a polícia, o Culto Assassino Maníaco é um grupo extremista internacional que adere a uma “ideologia aceleracionista neonazista e promove violência e atos violentos contra minorias raciais, a comunidade judaica e outros grupos que considera ‘indesejáveis’”.

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, Chkhikvishvili recrutou outras pessoas para cometer atos violentos que se relacionam com a ideologia do grupo extremista. O suspeito, que como um de seus apelidos “Comandante Açougueiro”, teria tentado recrutar um policial disfarçado para realizar o ataque em massa em Nova York.

“O réu tentou recrutar outros para cometer ataques violentos e assassinatos em prol de suas ideologias neonazistas”, disse o procurador-geral dos EUA, Breon Peace, em comunicado do Departamento de Justiça. “O plano envolvia um indivíduo se vestindo de papai noel e distribuindo doces com veneno para minorias raciais. Seu objetivo era espalhar ódio, medo e destruição encorajando bombardeios, incêndios criminosos e até envenenamento de crianças, com o propósito de prejudicar minorias raciais, a comunidade judaica e indivíduos sem-teto”, explica.

Procurador-Geral Adjunto Matthew G. Olsen, fala em coletiva de imprensa em março de 2022; promotores disseram nesta semana que líder de grupo neonazista com base na Europa Oriental teria tentado recrutar policial para distribuir doces envenenados para crianças judias.  Foto: Andrew Harnik/AP

A polícia prendeu o suspeito em flagrante em Chisinau, capital da Moldávia, no último dia 6 de julho. Ele foi indiciado em quatro acusações, incluindo solicitação de crimes de ódio e atos de violência em massa. Os crimes teriam começado a ser executados no ano passado, segundo o Departamento de Justiça.

Desde 2021, o suspeito distribui um manifesto, no qual afirma que “matou pela raça branca” e encoraja outros a fazerem o mesmo. Chkhikvishvili viajou para a cidade de Nova York pelo menos duas vezes em 2022. Ele ficou na casa da sua avó paterna no Brooklyn, disseram as autoridades.

Caso seja condenado, o réu pode pegar uma pena de até 45 anos de prisão por planejar e solicitar crimes violentos, compartilhar informações relativas à fabricação e uso de dispositivos explosivos e publicar comunicação em tom de ameaça.

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