‘Ele não fez isso’: homem é executado nos EUA mesmo após testemunha mudar sua versão e inocentá-lo

Freddie Owens cumpria pena pelo assassinato de Irene Graves, uma balconista, durante um assalto na cidade de Greenville, em 1997; um amigo e suposto cúmplice afirmou antes de sua execução que ele não era culpado

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Por Redação

O Estado americano da Carolina do Sul executou nesta sexta-feira, 20, por meio injeção letal, Freddie Owens, que foi condenado por assassinar uma balconista de uma loja com um tiro na cabeça. A execução aconteceu dois dias após os advogados de Owens apresentaram -feira uma declaração sob juramento de Steven Golden, que havia testemunhado contra Owens, apresentou um novo depoimento, inocentando-o: “Achei que o verdadeiro atirador ou os seus associados me poderiam matar se eu o denunciasse à polícia. Ainda tenho medo disso. Mas o Freddie não estava lá”, declarou Steven Golden.

Freddie Owens cumpria pena pelo assassinato de Irene Graves, uma balconista, durante um assalto na cidade de Greenville, em 1997. Segundo os promotores, ele atirou na cabeça de Graves quando ela disse que não conseguia abrir o cofre da loja.

Manifestantes mostram uma foto de Freddie Owens e protestam contra a pena de morte no Estado da Carolina do Sul  Foto: Jeffrey Collins/AP

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Steven Golden, amigo e suposto cúmplice de Owens durante o assalto, testemunhou que Owens atirou na cabeça de Graves porque ela não conseguiu abrir o cofre. Mas as câmeras de segurança da loja não mostraram o tiroteio e os promotores nunca encontraram a suposta arma usada no assassinato.

Segundo Golden, ele testemunhou no julgamento de Owens porque os promotores prometeram um acordo de que ele não seria condenado a pena de morte ou prisão perpétua. Ele acabou sendo condenado a 28 anos de prisão após se declarar culpado de uma acusação menor de homicídio culposo voluntário, de acordo com os registros do tribunal.

“Estou me apresentando agora porque sei que a data de execução de Freddie é 20 de setembro e não quero que Freddie seja executado por algo que ele não fez. Isso pesou muito na minha mente e quero ter a consciência limpa”, escreveu Golden em sua declaração.

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Os promotores disseram que Golden não era a única evidência ligando Owens ao crime, já que outros amigos testemunharam que eles, junto com Owens, planejaram roubar a loja. Esses amigos afirmaram que Owens se gabou para eles sobre matar Graves. Sua ex-namorada também testemunhou que ele confessou o assassinato.

Associação contrária a pena de morte protesta na Câmara estadual da Carolina do Sul, em Columbia  Foto: Jeffrey Collins/AP

Os promotores argumentaram na semana passada que a decisão de Golden de mudar sua história não deveria ser suficiente para impedir a execução porque ele agora admitiu ter mentido sob juramento, mostrando assim que não se pode confiar que ele diga a verdade.

Durante o seu tempo na prisão, Owens matou um companheiro de cela: Christopher Lee. Owens deu uma confissão detalhada sobre como esfaqueou Lee, queimou seus olhos, o sufocou e pisoteou. Ele disse que fez isso “porque foi injustamente condenado por assassinato”./AP

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