EUA impõem sanção a ex-presidente da Guatemala Alejandro Giammattei por ‘corrupção’

Departamento do Estado dos EUA diz que tem informações que envolvem ex-presidente em esquema de propina

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Por Redação
Atualização:

O governo dos Estados Unidos vetou a entrada no país do ex-presidente da Guatemala Alejandro Giammattei por “participação em corrupção significativa”, informou o Departamento de Estado nesta quarta-feira,17.

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A sanção chega dois dias depois da posse de seu sucessor, o progressista Bernardo Arévalo, em meio a uma ofensiva judicial travada pela procuradora-geral Consuelo Porras, que foi ratificada em seu cargo por Giammattei.

Os Estados Unidos dispõem de informação “que indica que Giammattei aceitou propina em troca do desempenho de suas funções públicas”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller em comunicado. Washington “deixou claro que apoia os guatemaltecos que querem que os atores corruptos prestem contas”, acrescentou.

Ex-presidente da Guatemala Alejandro Giammattei. Foto: Bienvenido Velasco / EFE

Giammattei esteve na semana passada em Washington, onde pronunciou um discurso na OEA, no qual criticou os Estados Unidos, mas sem mencioná-los, por impor restrições de visto para mais de 100 deputados guatemaltecos.

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Nos últimos três anos, o governo de Joe Biden vetou a entrada ou impôs sanções a quase 400 pessoas do país, incluídos funcionários e representantes do setor privado, os quais acusa de “participar em atividades corruptas e para solapar a democracia e o Estado de Direito na Guatemala”, ressaltou Miller.

O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, cumprimenta a multidão ao chegar a uma marcha de indígenas para exigir a renúncia da procuradora-geral Consuelo Porras, em frente ao prédio da Suprema Corte na Cidade da Guatemala, em 18 de setembro de 2023. Foto: Moises Castillo / AP

Giammattei manteve uma relação tensa com Washington, sobretudo nos últimos tempos em que o governo Biden apoiou o novo presidente progressista diante do assédio judicial.

Arévalo e seu partido Semilla (Semente, na tradução literal) foram alvos de uma perseguição judicial liderada pelo Ministério Público desde junho, quando passou para o segundo turno das eleições, que depois ele venceu em agosto.

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