A campanha da candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou ter sido avisada pelo FBI de ter sido alvo de ações de hackers estrangeiros. A declaração ocorreu nesta terça-feira, 13, dias depois da campanha de Donald Trump sugerir ter sido comprometida por um ataque cibernético do Irã. O Departamento de Estado americano advertiu o Irã na segunda-feira, 12, sobre consequências caso interfira nas eleições - o país nega as acusações. As informações são do jornal britânico The Guardian.
O FBI confirmou, em um comunicado, que está investigando ações de hackers contra as campanhas presidenciais americanas. De acordo com a equipe de Kamala Harris, medidas de segurança cibernética impediram que seus sistemas fossem hackeados. “Temos medidas robustas de segurança cibernética em vigor e não temos conhecimento de quaisquer violações dos nossos sistemas resultantes desses esforços”, disse a campanha à emissora NBC.
Antes de Joe Biden se retirar da disputa presidencial, três membros da então equipe Biden-Harris teriam recebido e-mails de spear phishing, quando uma comunicação fraudulenta projetada para parecer legítima é direcionada a uma empresa ou grupo específico para capturar informações. A captura dos dados pessoais, segundo a reportagem, daria ao hacker acesso a conversas mantidas via e-mail.
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No fim de semana passado, três veículos da imprensa estadunidense, incluindo o The New York Times e o Washington Post, relataram ter recebido arquivos roubados da campanha de Donald Trump. No sábado, 9, um porta-voz da campanha revelou ter sido hackeado em junho.
Acredita-se que Trump não tenha denunciado o ataque mais recente ao FBI devido às suas suspeitas em relação à agência. Ao Washington Post, Roger Stone, aliado de Trump, afirmou ter sido informado por autoridades de inteligência que suas contas de e-mail pessoais foram comprometidas. Ele disse estar cooperando com as investigações.
Segundo o The Guardian, a confirmação do FBI sobre as tentativas de ataque cibernético à campanha de Kamala Harris evoca memórias da campanha presidencial de 2016, em que se acreditava que a Rússia teria hackeado o sistema de comunicação eletrônica do Partido Democrata para desestabilizar a campanha de Hillary Clinton. A inteligência dos EUA concluiu que a Rússia interferiu no pleito para apoiar Trump, que desconsiderou as conclusões.
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