As forças dos EUA lançaram uma nova onda de ataques neste sábado, 3, com foco nos rebeldes houthis no Iêmen, que lançaram dezenas de disparos contra navios comerciais e navios de guerra americanos na Península Arábica.
A operação se segue ao bombardeio da noite de sexta-feira de cerca de 85 alvos no Iraque e na Síria, no que o governo Biden apresentou como uma campanha de vários dias para evitar futuros ataques a alvos americanos.
Milícias em ambos os países, apoiadas pelo Irã, lançaram pelo menos 165 ataques contra as forças dos EUA desde outubro, incluindo um em 28 de janeiro que matou três soldados americanos em um posto remoto na Jordânia, perto das fronteiras da Síria e do Iraque, segundo o Pentágono.
O presidente americano, Joe Biden, disse que a resposta dos EUA continuaria “nos momentos e locais de nossa (EUA) escolha”.
Os houthis, um grupo militante que assumiu o controle de grande parte do Iêmen em 2014, há meses lançam ataques contra embarcações civis e militares no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, usando uma série de mísseis, drones de ataque unidirecional e embarcações pilotadas remotamente repletas de explosivos.
Assim como as milícias do Iraque e da Síria, os houthis apresentaram suas ações como um protesto contra a ação militar israelense na Faixa de Gaza e o apoio dos EUA a ela.
Os ataques dos houthis não mataram nenhum civil nem militar dos EUA no mar, mas se transformaram em uma espiral de violência quase diária. Os navios de guerra dos EUA derrubaram vários mísseis e drones de ataque, mas outros atingiram embarcações comerciais, causando incêndios e levando um grande número de embarcações a evitar o Mar Vermelho e o Canal de Suez, fazendo uma viagem muito mais longa ao redor do sul do Chifre da África.
Durante semanas, o governo Biden evitou se envolver diretamente com os houthis, mesmo quando os militantes continuaram a lançar mísseis nos canais de navegação. Mas os EUA mudaram de posição em 12 de janeiro, juntando-se ao Reino Unido para lançar dezenas de ataques contra alvos houthis. As forças dos EUA realizaram vários ataques desde então, geralmente dizendo que destruíram mísseis que estavam preparados para serem disparados.
Ontem, no Iêmen, as forças dos EUA realizaram seis desses ataques, informou o Comando Central dos EUA, que supervisiona as operações militares na região. Em um comunicado, as autoridades do Comando disseram que haviam identificado mísseis de cruzeiro antinavio que seriam lançados no Mar Vermelho. / W POST
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