Humanidade deu um passo para trás, disse executado com asfixia por nitrogênio em seu último discurso

Antes de ser executado, Kenneth Smith fez uma longa declaração final na câmara de execução, segundo testemunhas

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Por Nicholas Bogel-Burroughs e Abbie VanSickle
Atualização:

THE NEW YORK TIMES - Kenneth Smith, de 58 anos, foi executado pelo Estado do Alabama na noite de quarta-feira, 25. Esta foi a primeira execução com asfixia por nitrogênio realizada em território norte-americano.

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A execução de Smith começou às 19h53, horário local, e ele foi declarado morto às 20h25, em uma câmara de execução em Atmore, segundo John Q. Hamm, comissário do sistema penitenciário estadual.

A Suprema Corte dos EUA permitiu que a execução avançasse apesar das objeções dos seus três juízes liberais e das preocupações dos opositores à pena de morte, que afirmavam que o método não testado poderia causar sofrimento a Smith.

Manifestante contra a pena de morte protesta diante do local em que Kenneth Smith foi executado Foto: Kim Chandler/AP

Smith, que estava amarrado a uma maca com uma máscara colocada na cabeça, pareceu estar consciente por vários minutos depois que o gás nitrogênio começou a fluir para dentro da máscara, privando-o de oxigênio, de acordo com um relatório de cinco jornalistas do Alabama que testemunharam a execução. Os promotores estaduais haviam afirmado anteriormente em processos judiciais que uma execução por nitrogênio garantiria “inconsciência em segundos”.

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Ele então “tremeu e se contorceu” por pelo menos dois minutos antes de começar a respirar pesadamente por vários minutos. Eventualmente, disseram os jornalistas, sua respiração desacelerou até não ser mais aparente. Hamm disse que parecia que Smith havia tentado prender a respiração o máximo que pôde.

Antes de ser executado, Smith fez uma longa declaração final na câmara de execução, no qual disse, em parte, “nesta noite, o Alabama fez com que a humanidade desse um passo para trás”, segundo as testemunhas.

Lee Hedgepeth, um repórter do Alabama que testemunhou a execução, disse que a cabeça de Smith se moveu para frente e para trás violentamente nos minutos após o início da execução.

“Esta foi a quinta execução que testemunhei no Alabama e nunca vi uma reação tão violenta a uma execução”, disse Hedgepeth.

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