O Departamento de Defesa dos Estados Unidos, lançou na terça-feira, 31, um canal para funcionários ou ex-funcionários do governo relatarem programas ou atividades governamentais ligados a fenômenos anômalos não identificados (UAPs, na sigla em inglês), os populares óvnis, dos quais têm conhecimento direto.
Essa é a segunda fase implementada pelos Estados Unidos em um projeto recente de reunir em um só lugar tudo que o país sabe sobre os UAPs. Desde julho, os entusiastas do assunto podem consultar um site gerenciado pelo Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios, ou AARO. No portal, além do formulário para relatos, há perguntas e respostas sobre o tema, fotos e vídeos de casos resolvidos, entre outros conteúdos.
Leia também
O governo federal norte-americano tem estado sob pressão do Congresso para revelar o que se sabe em relação a óvnis desde junho, quando um ex-oficial de inteligência afirmou que o país tem naves extraterrestres “intactas e parcialmente intactas” escondidas. Em julho, senadores chegaram a mover ume emenda para forçar a liberação de registros de óvnis e assuntos extraterrestres.
Por isso, com o formulário agora disponível no site do Pentágono, funcionários e ex-funcionários do governo, militares e contratados podem denunciar de forma confidencial supostos programas secretos que de alguma forma sejam vinculados a UAPs.
Sean Kirkpatrick, diretor da AARO, afirmou que isso não significa que o escritório tenha informações sobre a existência de planos governamentais para coletar informações sobre supostos óvnis. “Atualmente não tenho evidências de que tenha existido um programa para fazer engenharia reversa de algum tipo de fenômeno aéreo extraterrestre não identificado.”
No futuro, a AARO também permitirá que o público em geral relate avistamentos. O mecanismo anunciado nesta terça-feira não substitui o método de denúncia de avistamentos que atualmente os pilotos da aviação civil possuem, tendo que reportar este tipo de encontros aos serviços de controle de tráfego aéreo.
“Este mecanismo é para pessoas que acreditam ter conhecimento direto de programas clandestinos que o governo tem escondido”, insistiu Kirkpatrick./Com EFE.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.