EUA pedem que americanos deixem a Síria à medida que rebeldes se aproximam de Damasco

Embaixada do Irã em Damasco também foi orientada a deixar o país; rebeldes se aproximam de Homs, a última cidade, além da capital Damasco, sob controle de Assad antes da capital

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Por Redação

À medida que rebeldes sírios se aproximam da capital Damasco, países vizinhos têm fechado fronteiras e os Estados Unidos fizeram um apelo, nesta sexta-feira, 6, para que seus cidadãos deixem a Síria. Até a noite desta sexta-feira, 6 (horário de Brasília), insurgentes se aproximavam de Homs, terceira maior cidade do país e localizada a 150 km da capital Damasco, em sua marcha contra o presidente Bashar Assad.

Em nota publicada pelo Departamento de Estado, os EUA pediram que americanos deixassem o país agora “que ainda há voos comerciais disponíveis”. “As condições de segurança se mantêm voláteis e imprevisíveis, com confrontos entre grupos armados ao longo do território”, detalhou a nota.

Moradores deixam cidade de Hama, na Síria, após rebeldes capturarem cidade.  Foto: Omar Albam/AP

Uma orientação semelhante de saída da Síria foi dada na Embaixada Iraniana em Damasco, e em bases da Guarda Revolucionária, disseram autoridades iranianas e regionais ao NYT. Os iranianos começaram a deixar a Síria na sexta-feira de manhã, disseram as autoridades, indo em direção ao Líbano e ao Iraque.

Avanço rumo a Homs

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Em menos de uma semana, o avanço dos insurgentes representa um duro golpe ao governo do presidente Assad. Os insurgentes já tomaram Aleppo, a segunda cidade do país, e Hama. Se conseguirem tomar Homs, o governo de Assad controlaria apenas Damasco e a costa mediterrânea.

Milhares de pessoas fugiram de Homs, a terceira maior do país, enquanto insurgentes tomavam duas cidades nos arredores na sexta-feira, posicionando-se para um ataque a um prêmio potencialmente importante em sua marcha contra o presidente Bashar Assad.

Nas movimentações mais recente dos rebeldes, o governo sírio perdeu o controle da cidade de Dera, no sul do país, e da maior parte da província homônima, berço da insurreição de 2011, declarou uma ONG.

“As facções locais assumiram o controle de mais áreas da província de Dera, incluindo a cidade de Dera (...) Agora controlam mais de 90% da província, enquanto as forças do regime se retiraram”, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

A coalizão de rebeldes em avanço é liderada por Hayat Tahrir al-Sham, um grupo anteriormente afiliado à Al Qaeda. O líder do grupo, Abu Mohammad al-Jolani, disse que o objetivo é “derrubar o regime” de Bashar al-Assad./AFP.

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