WASHINGTON - Uma investigadora chinesa acusada de esconder seus vínculos com o Exército de seu país para obter um visto americano foi presa depois de se refugiar no consulado chinês em São Francisco (Califórnia), anunciou nesta sexta-feira, 24, uma importante autoridade americana.
O Departamento de Justiça dos EUA informou na quinta-feira a acusação contra quatro pessoas por "fraude de visto" por "mentirem sobre sua participação nas forças armadas chinesas". Três delas já haviam sido presas.
"Uma dessas pessoas fugiu até a noite passada, depois de encontrar refúgio no Consulado de São Francisco", disse uma autoridade do departamento nesta sexta-feira.
Juan Tang é especialista em tratamentos contra o câncer e trabalha desde janeiro em um laboratório da Universidade da Califórnia.
Os investigadores descobriram fotos dela de uniforme e comprovariam que ela trabalhava em um hospital militar chinês.
Ela "está sob custódia policial e comparecerá pela primeira vez ao tribunal nesta sexta", acrescentou o departamento, que se recusou a fornecer detalhes da prisão.
Segundo o funcionário, os casos de espionagem econômica "são apenas a ponta do iceberg". Esse caso, de fato, ocorre em um contexto de tensões entre a China e os Estados Unidos.
Washington deu a Pequim três dias na terça-feira para fechar seu Consulado em Houston, Texas, acusado de ser um "centro de espionagem e roubo de propriedade intelectual".
As autoridades chinesas ordenaram nesta sexta-feira o fechamento do Consulado dos EUA em Chengdu, no sudoeste do país./AFP
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